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Aprendizado Espírita
Textos e ferramentas para aprender, ensinar e divulgar o Espiritismo
Meu Diário
01/10/2015 01h42
B1 - MÓDULO Noções Básicas de Espiritismo

SUMÁRIO


Uma explicação necessária

Instrutor Guima

Caro(a) leitor(a),

As noções de Doutrina Espírita deste módulo são básicas, dado que a intenção é apenas contextualizar o tema e/ou dar noções fundamentais a neófitos na matéria.

O objetivo primordial do site não são os cursos básicos ou aprofundados de Espiritismo — são as técnicas e ferramentas para estudar, ensinar e divulgar a doutrina.

De qualquer modo, serão indicados, ao longo das páginas eletrônicas, apostilas, livros e cursos presenciais e a distância existentes no mundo virtual e nas instituições espíritas, para os que desejarem aprofundar os estudos.


Apresentação

Instrutor Guima

Caro(a) leitor(a),

Neste B1 - MÓDULO Noções básicas de Espiritismo, você terá informações sobre os fundamentos do Espiritismo.

Iniciamos mostrando, num quadro-resumo, as fontes primárias do Saber Doutrinário Espírita, qual seja, a obra fundadora realizada por Kardec.

Depois, comentamos a ordem de estudos por ele sugerida e tecemos breves considerações sobre os livros de síntese e iniciação, que são, a nosso ver, meio excelente de conhecer o Espiritismo diretamente nos textos leves e didáticos de um genial pedagogo.

No passo seguinte, há alguns resumos e sínteses que permitem conhecer os pontos principais do Espiritismo em alguns minutos de leitura. Essas sínteses poderão ser complementadas com a leitura on-line de outros textos que sugerimos na seção LinkotecaDamos, também, uma lista de sites que disponibilizam obras espíritas básicas para leitura e/ou download.

E, finalmente, na Atividade Prática apresentamos um diagrama e o resumo de uma palestra que possibilitam enxergar, num único quadro, todos os fundamentos doutrinários examinados nos textos anteriores.

Bom estudo, e bom proveito. 

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Dicas de estudo

Instrutor Guima

Cara(o),

Você certamente já leu as instruções de estudo que demos em H1 - MÓDULO Estudar e Aprender Melhor.

Sendo assim, sabe que no estudo on-line o leitor determina o ritmo e o grau de interesse da leitura.

Mas sugerimos o seguinte para o estudo deste módulo:

  • Leia primeiramente os textos apresentados, sem clicar os links sugeridos. Assim, você contextualiza o tema.
  • Depois, volte e clique os links que lhe pareceram mais interessantes. Leia esses textos com a profundidade que julgar conveniente.
  • Na Linkoteca e na Biblioteca Digital há outras sugestões de leitura, que você escolherá como quiser.
  • Realize a Atividade Prática, pois ela resume os pontos principais do módulo e contribuirá para fixá-los.
  • Ao final, leia, SEM FALTA e PAUSADAMENTE, ANOTANDO/RESUMINDO os pontos principais, o livrinho Espiritismo em sua mais simples expressão. Mesmo que você já conheça bastante a doutrina, faça isso — e verá quantas lições novas poderão surgir desse pequeno grande livro de Kardec.

Fontes originais do Saber Doutrinário Espírita

O mapa abaixo nos dá uma visão resumida das fontes originais do Espiritismo, ou seja, o trabalho fundador de Kardec: os livros, a revista, a sociedade de estudos, as pesquisas, as viagens de orientação aos grupos iniciantes e de divulgação doutrinária:


Ordem dos estudos espíritas

Instrutor Guima

Há uma ordem melhor de estudos para se conhecer o Espiritismo?

A resposta é sim, e o próprio Allan Kardec a indicou no item 35 de O Livro dos Médiuns.

Vejam a seguir:


O Livro dos Médiuns

35. Aos que quiserem adquirir essas noções preliminares, pela leitura das nossas obras, aconselhamos que as leiam nesta ordem:

1º O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.

2º O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.

3º O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.

4º A Revista Espírita. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos.

E, mestre que era, deixa ao leitor a livre escolha sobre o que ler, não lhe interditando nenhum tipo de obra:

Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação. Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.


Instrutor Guima

Muito importante a conclusão de Kardec, na linha acima: 

Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.

E outro não é o propósito do Aprendizado Espírita, relativamente ao Saber Doutrinário Espírita (SDE), como está no quadro a seguir:


Extraído do mapa 

Gestão do

Saber Doutrinário

Espírita.

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Instrutor Guima

Prosseguindo, devemos registrar, contudo, que a ordem de leitura sugerida por Kardec, em O Livro dos Médiunsdata de 1861, e naquela ocasião não haviam sido ainda escritos os demais livros que compõem a Codificação.

Assim, vejamos a lista de livros de Kardec e o ano de sua edição:


Livro Ano
O Livro dos Espíritos 1857
Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas 1858
O que é o Espiritismo 1859
O Livro dos Médiuns 1861
O Espiritismo em sua mais simples expressão 1862
Viagem Espírita em 1862 1862
O Evangelho segundo o Espiritismo 1864
Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas 1864
O Céu e o Inferno 1865
Caráter da Revelação Espírita (1o. Capítulo de A Gênese) 1867
A Gênese 1868
Catálogo Racional 1869
Obras Póstumas 1890
Revista Espírita 1858/1969

Veja a Relação das obras de Allan Kardec

Veja Sinopses das obras de Allan Kardec

Veja Resumo das 23 obras de Allan Kardec


Importante notar os pequenos livros de iniciação ao Espiritismo e sua data de edição:

  • Instruções Práticas, que deu origem a O Livro dos Médiuns, é de 1858;
  • O que é o Espiritismo, de 1859; e
  • O Espiritismo em sua mais simples expressão, de 1862.

Herculano Pires diz que Kardec editou esse último livro de 1862 — cinco anos depois de lançar O Livro dos Espíritos e um ano após a publicação de O Livro dos Médiuns  porque sentiu necessidade de oferecer aos interessados um roteiro inicial bem resumido e simples. Assim, ao prefaciar o livro Iniciação Espírita  um livro da editora Edicel que contém os três livros de introdução supracitados - Herculano indica que se deve começar a estudar o Espiritismo por essses livros introdutórios e na seguinte ordem:

  • O Espiritismo em sua mais simples expressão
  • O que é o Espiritismo e
  • Instruções Práticas

E depois prosseguir pela ordem de edição dos demais livros, entremeando as coleções anuais da Revista Espírita.

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Pequenos grandes livros de Allan Kardec

Muitos espíritas pensam que estes pequenos livros introdutórios não têm mais nenhum interesse. É uma ideia falsa, resultante da falta de estudo metódico e, portanto, sério do Espiritismo. Nenhum estudante consciencioso endossa esta opinião. Pelo contrário, todos compreendem o valor permanente destas páginas iniciáticas, que até mesmo os maiores conhecedores do assunto devem reler e consultar periodicamente.

(H. PIRES. Introdução a O que é o Espiritismo, Lake, SP)


Instrutor Guima

Segue abaixo uma síntese de edições em língua portuguesa dos pequenos livros que Kardec publicou em meio ao Pentateuco, isto é, os cinco livros principais da Codificação (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese).


  1. Iniciação Espírita, da Edicel, contém os Livros de introdução à teoria e prática da Doutrina - ou seja, os três pequenos livros já citados. (KARDEC, Allan. Iniciação Espírita. São Paulo : Edicel, 5a. edição, 1977.)
  2. O Principiante Espírita, da Editora Pensamento, contém os Capítulos II e III de O que é o Espiritismo, e uma pequena biografia de Allan Kardec elaborada por Júlio de Abreu Filho, que também traduziu os capítulos acima. (KARDEC, Allan. O Principiante Espirita. São Paulo : Pensamento, s/d)
  3. O que é o Espiritismo, da FEB, traz um resumo dos princípios doutrinários e respostas às principais objeções ao Espiritismo, e também a biografia de Allan Kardec por Henri Sausse. (KARDEC, Allan. O que é  o Espiritismo. Brasília : FEB, 1944).
  4. O que é o Espiritismo, Segunda versão — Edição reescrita e resumida. Publicada em 1860, após o esgotamento da 1a. edição. (aqui)
  5. Espiritismo em sua mais simples expressão, da IDE, de Araras, SP, tradução de Salvador Gentile. (KARDEC, Allan. O Espiritismo em sua mais simples expressão. Araras, SP : IDE)
  6. Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas, da IDE, de Araras, SP, tradução de Salvador Gentile. (KARDEC, Allan. Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas. Araras, SP : IDE)
  7. O Espiritismo na sua expressão mais simples e outros opúsculos de Kardec, da FEB, tradução de Evandro Noletto Bezerra, contém O Espiritismo em sua mais simples expressão (1862), Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas (1864), Caráter da Revelação Espírita (1868), Catálogo Racional (1868) e Discursos pronunciados pelo aniversário de morte de Allan Kardec. (KARDEC, Allan. O Espiritismo na sua expressão mais simples e outros opúsculos de Kardec. Brasília : FEB, 2006.)
  8. Viagem Espírita em 1862, segunda edição em língua portuguesa, tradução de Wallace Leal W. Rodrigues, editora O Clarim. (KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862. Matão, SP : O Clarim, 1968).
  9. Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Allan Kardec, da FEB, tradução de Evandro Noletto Bezerra, traz o texto de Viagem Espírita em 1862 e de outras viagens de Kardec para orientação de grupos espíritas e divulgação do Espiritismo, relatadas na Revista Espírita. (KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Allan Kardec. Brasília : FEB, 2005).
  10. Catálogo Racional: obras para se fundar uma biblioteca espírita, da Madras Editora, tradução de Julia Vidili, é uma edição bilíngue do Catálogo Racional. (KARDEC, Allan. Catálogo Racional: obras para se fundar uma biblioteca espírita. São Paulo : Madras : USE, 2004.)

Opúsculos de Kardec

Nesse livro, a Federação Espírita Brasileira (FEB) publicou opúsculos de Allan Kardec, além dos discursos pronunciados pelo aniversário de sua morte.

Traduzidos por Evandro Noleto Bezerra, que faz uma interessante introdução a esses livros de divulgação do Codificador, estão os seguintes opúsculos:

  • O Espiritismo na sua mais simples expressão
  • Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas
  • Caráter da Revelação Espírita
  • Catálogo Racional das Obras para se Fundar uma Biblioteca Espírita
  • Discursos Pronunciados pelo Aniversário de Morte de Allan Kardec

O livro está disponível para downlod (aqui)

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Consequências morais do Espiritismo

Pelo raciocínio, o estudo prático e a observação dos fatos o Espiritismo confirma e prova as bases fundamentais da religião, a saber:

  • A existência de um Deus único, todo-poderoso, criador de todas as coisas, soberanamente justo e bom;
  • A existência da alma, sua imortalidade e sua individualidade após a morte;
  • O livre arbítrio do homem, e a responsabilidade que incorre em todos os seus atos;
  • O estado feliz ou infeliz do homem após a morte, de acordo com o uso que fez das suas faculdades durante a sua vida;
  • A necessidade do bem e as funestas consequências do mal;
  • A utilidade da prece.

Ele resolve uma porção de problemas que encontram a única explicação plausível, na existência de um mundo invisível composto pelos seres que se hão despojado do seu envoltório corporal, que nos cercam e exercem uma influência incessante sobre o mundo visível.

É uma fonte de consolações:

  • Pela certeza que nos dá do futuro que nos espera;
  • Pela prova material da existência daqueles que havemos amado sobre a Terra, a certeza da sua presença junto de nós, a de reencontrá-los no mundo dos Espíritos, e a possibilidade de nos comunicarmos com eles e receber conselhos salutares;
  • Pela coragem que nos dá contra as adversidades;
  • Pela elevação que imprime aos nossos pensamentos dando uma ideia justa do valor das coisas e dos bens deste mundo.

Ele contribui para a felicidade do homem sobre a Terra:

  • Ao acalmar as causas do desespero;
  • Ao ensinar ao homem a se contentar com o que tem;
  • Ao lhe fazer considerar as riquezas, as honras e o poder, como provas mais a temer que a invejar;
  • Ao colocar um freio nas más paixões, fonte da maior parte de suas aflições;
  • Ao lhe  inspirar sentimentos de caridade e de fraternidade reais por seu próximo.

O resultado destes princípios, uma vez propagado e enraizados no coração do homem, será:

  • De torná-lo melhor e mais indulgente para com seus semelhantes;
  • De destruir pouco a pouco o egoísmo pela solidariedade que estabelece entre eles;
  • De exercer uma louvável emulação para o bem;
  • De colocar um freio nas ambições desordenadas;
  • De neutralizar os males inseparáveis da efervescência das paixões brutais;
  • De favorecer o desenvolvimento intelectual e moral, não apenas com o propósito do bem-estar presente, mas do futuro a ele ligado;

E, por todas essas causas, ajudar a melhoria progressiva da humanidade.

Allan Kardec. O que é o Espiritismo. 2a. edição, 1860


Instrutor Guima

Allan Kardec fez dois notáveis pequenos textos resumindo a Doutrina dos Espíritos.

O primeiro, em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Prolegômenos, Resumo da Doutrina dos Espíritos.

O segundo, em O ESPIRITISMO EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO (Exposição sumária do ensino dos Espíritos), 2a. parte, Resumo do ensinamento dos Espíritos.

Confira a seguir.


Resumo da Doutrina dos Espíritos

Este resumo está em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Prolegômenos.


Resumo dos Ensinamentos dos Espíritos

Este resumo está em O ESPIRITISMO EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO (Exposição sumária do ensino dos Espíritos), 2a. parte.


Caráter da Revelação Espírita

No livro A Gênese, Capítulo I - Caráter da revelação espírita, n. 30, está este resumo escrito por Allan Kardec

O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é conseqüência direta da sua doutrina.

À idéia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma consistência, uma realidade à idéia.

Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte.

Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus.

Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus.

Sabe que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio;

que todas são da mesma essência e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado;

que todas têm o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos rapidamente, pelo trabalho e boa vontade.

Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas umas do que outras;

que Deus a nenhuma criou privilegiada e dispensada do trabalho imposto às outras para progredirem;

que não há seres perpetuamente votados ao mal e ao sofrimento; que os que se designam pelo nome de demônios são Espíritos ainda atrasados e imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o praticavam na Terra, mas que se adiantarão e aperfeiçoarão;

que os anjos ou Espíritos puros não são seres à parte na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso;

que, por essa forma, não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes, mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras. 


O que é o Espiritismo?

Instrutor Guima

Diz-se que o Espiritismo é uma doutrina. Mas o que é doutrina?

Nos acompanhem na explanação abaixo.


Doutrina é conjunto de princípios que servem de base a um sistema científico, filosófico, político ou religioso. Ensinamento; pregação; regra, preceito, norma. Allan Kardec, no Capítulo As cinco alternativas da humanidade, de seu livro "Obras Póstumas", em termos de Doutrinas, apresenta as opções: Doutrina Materialista; Doutrina Panteísta; Doutrina Deísta; Doutrina Dogmática; Doutrina Espírita, relacionada com o sistema filosófico-religioso. 

(L. PALHANO JR. Verbete Doutrina. Dicionário de Filosofia Espírita)

Herculano Pires, grande estudioso da obra de Kardec, num curso de Espiritismo, deu-lhe a seguinte definição inicial:

O Espiritismo é uma doutrina moderna, perfeitamente estruturada por um grande pensador, escritor e pedagogo francês, homem de letras e ciência, famoso por sua cultura e seus trabalhos científicos e que assinou suas obras espíritas com o pseudônimo de Allan Kardec. Saber isso já e saber alguma coisa a respeito, mas está muito longe de ser tudo.

(HERCULANO PIRES. Curso Dinâmico de Espiritismo)

Allan Kardec anotou, entre outras, esta breve definição de Espiritismo:

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que dimanam dessas mesmas relações.

(ALLAN KARDEC. O que é o Espiritismo)

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Veja abaixo a Linkoteca


Espiritismo, o que é?

Pulicado pela IDE, de Araras, Espiritismo, o que é traz um bom resumo sobre conceitos fundamentais do Espiritismo.


Síntese do Espíritismo

Instrutor Guima

Visões de síntese são instrumentos didáticos bastante eficientes, pois permitem alcançar, num lançar de olhos, o essencial de uma matéria ou ponto de estudo.

Essa é a nossa intenção com os textos a seguir. 


Para Palhano Jr. a Doutrina Espírita tem pelo menos cinco princípios básicos: 

  • A existência de Deus,
  • a existência do Espírito,
  • a pluralidade das vidas sucessivas,
  • a comunicabilidade dos Espíritos e
  • a pluralidade dos mundos habitados. 

(L. PALHANO JR. Verbete Doutrina Espírita. Dicionário de Filosofia Espírita)

João Teixeira de Paula, em seu conhecido Dicionário, assim resumiu os pontos fundamentais do Espiritismo:

Espiritismo, segundo o próprio Codificador, compreende duas partes fundamentais: a Experimental, relativa às manifestações em geral, e a Filosófica, relativa às manifestações inteligentes. Resumiu ele em O Livro dos Espíritos a Doutrina Espírita, cujos tópicos principais resumimos por nossa vez, na excelente tradução de Guillon Ribeiro:

  1. Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
  2. Criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.
  3. Os seres materiais constituem o mundo visível ou corpóreo, e os seres imateriais o mundo invisível ou espírita, isto é, dos Espíritos.
  4. O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, pré-existente e sobrevivente a tudo.
  5. Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível, cuja destruição pela morte lhes restitui a liberdade.
  6. A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.
  7. Há no homem três coisas: I, o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; II, a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; III, o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
  8. O laço ou perispírito, que prende ao corpo o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, porém que pode tornar-se acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede no fenômeno das aparições.
  9. Os espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais, nem em poder, nem em inteligência, nem em saber, nem em moralidade.
  10. Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita.
  11. Tendo o Espírito que passar por muitas encarnações, segue-se que todos nós temos tido muitas existências e que teremos ainda outras, mais ou menos aperfeiçoadas, quer na Terra, quer em outros mundos.
  12. A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie humana.
  13. A alma possuía sua invidualidade antes de encarnar; conserva-a depois de se haver separado do corpo.
  14. Na sua volta ao mundo dos Espíritos, encontra ela todos aqueles que conhecera na Terra, e todas as suas existências anteriores se lhe desenham na memória, com a lembrança de todo bem e todo mal que fez.
  15. Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo.
  16. Os não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e circunscrita; estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-se de contínuo. É toda uma população invisível, a mover-se em torno de nós.
  17. Os Espíritos exercem incessantemente ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico.
  18. As relações dos Espíritos com os homens são constantes.
  19. As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas.
  20. Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou mediante evocação.
  21. Podem evocar-se todos os Espíritos.

(JOÃO TEIXEIRA DE PAULA. Dicionário - Espiritismo, Metapsíquica, Parapsicologia)

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Atividade Prática

Instrutor Guima

Vejamos agora os materiais de apoio de uma palestra intitulada Síntese Doutrinária do Espiritismo, na qual são estudados, numa visão de conjunto, todos os grandes fundamentos do Espiritismo.

Com base no quadro-resumo que vai logo abaixo, você deverá examinar os pontos dos livros da Codificação, bem como as passagens bíblicas, que fundamentam os princípios básicos do Espiritismo.  

Assim, tenha em mãos - ou procure na Biblioteca Digital - os livros da Codificação indicados e um exemplar da Bíblia; se preferir, use esta Bíblia on-line.

Tome papel e lápis para anotações. Procure esquematizar os conceitos e informações mais relevantes.

Na Seção I - Metodologia e Pesquisas Espíritas (MPE), você encontrará modelo de fichas para anotações e informações sobre como fazer esquemas, fichamento e mapas mentais.



Fonte: Abigail [Mediunidade e redenção]

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Atividades Complementares

Instrutor Guima

Se você quiser complementar o estudo feito aqui, sugerimos a leitura dos materiais abaixo indicados.

Bom trabalho.


     Súmula Espírita

 Editora Paideia, SP

No livro O Sentido da Vida, Herculano Pires, após analisar o doutrina sob o seu tríplice aspecto, elaborou uma Súmula Espírita, listando os pontos principais do Espiritismo.

  • Espiritismo é doutrina
  • O triângulo de Emmanuel
  • Os dogmas do Espiritismo

​Veja a transcrição desses tópicos, autorizada pela Editora Paideia, aqui

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 Resumo da Doutrina Espírita

  Editora Lake, SP, 3a. edição, 1975.

No livro Resumo da Doutrina Espírita, de Gustave Geley, o pesquisador francês faz um precioso resumo do Espiritismo, comentando didaticamente pontos como estes:

  • Espírito e Matéria
  • Causas e Consequências da Evolução
  • A encarnação e a desencarnação

​Veja a transcrição desses tópicos, autorizada pela Editora Lake, aqui

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Linkoteca Espírita

Acrescentemos que o estudo de uma doutrina, qual a Doutrina Espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quão grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de firme e sincera vontade de chegar a um resultado.

O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. (...)

(ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos)


Doutrina Espírita para principiantes

  • Vídeo disponível no Youtube, com uma exposição didática de pontos fundamentais do Espiritismo: A doutrina espírita, 2. A codificação, 3. Deus, 4. Imortalidade da alma, 5. Reencarnação, 6. Leis morais e aspectos diversos, 7. Mediunidade e 8. Obsessão e passes.

Conheça o Espiritismo

  • Resumo feito pela FEB de aspectos fundamentais do Espiritismo: O que é? O que revela? Sua abrangência, Seus ensinos fundamentais e Prática Espírita.

Introdução ao estudo do Espiritismo - Estudo da Obra Básica - FEB

  • E-book disponível no site da FEB, contendo  proposta de Introdução ao estudo do espiritismo (IEE), e várias outras propostas de Estudo da obra básica (EOB)

Resumo do Espiritismo

  • Textos e vídeos disponíveis no site Biblioteca Virtual Espírita (aqui)

Iniciação ao Conhecimento da Doutrina Espírita

Estudar o Espiritismo

  • Orientação no site do Centro Espírita Nosso Lar, de Niterói, RJ.

​Guia para Conhecer e Estudar a Doutrina Espírita

  • Texto de Ivan Renê Franzolin para a SEMU - Sociedade Espírita Mãos Unidas, com uma seleção de livros, agrupados por temas, para quem quer estudar metodicamente o Espiritismo

100 anos de O Livro dos Espíritos

  • Texto de Herculano Pires alusivo aos 100 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos

ABC do Espiritismo - Victor Ribas Carneiro

  • Livro de iniciação ao Espiritismo, disponibilizado pela Federação Espírita do Paraná

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Biblioteca Digital

Obras de Kardec - FEB

  •  Obras de Allan Kardec, inclusive a Revista Espírita, para download livre.

Biblioteca Virtual - O Consolador

  • Biblioteca Virtual com diversas obras espíritas, algumas voltadas especialmente para deficientes visuais.

Estudo on-line da Doutrina Espírita

  • Traz o Pentateuco Espírita mais Obras Póstumas e O que é o Espiritismo, na edição da Lake e tradução de José Herculano Pires, para estudo on-line das obras básicas.

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Referências Bibliográficas

BARREIRA, Florentino. Resumo Analítico das Obras de Allan Kardec.Trad. David Caparelli. São Paulo : Madras, 1a. edição, 2003.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Brasília : FEB, 49a. edição, 1944.

KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. Brasília : FEB, 37a. edição, 1944.

PALHANO JR., L. Dicionário de Filosofia Espírita. Rio de Janeiro : CELD, 1997.

PAULA, João Teixeira de. Dicionário Enciclopédido Ilustrado de Espiritismo, Metapsíquica, Parapsicologia. São Paulo : Bells, 3a. edição, 1976.

PIRES, José Herculano Pires. Curso Dinâmico de Espiritismo. São Paulo : Paideia, 1a. ed., 1979.

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Publicado por ALGuimaraes
em 01/10/2015 às 01h42
 
01/10/2015 01h01
D1 - Organização pessoal

SUMÁRIO


Organização pessoal

Há quantas anda sua vida?

[Ela disse] “Vocês não estão falando de gerenciamento de tempo, mas de gerenciamento pessoal”.

Estava certa. Não é o tempo que precisa ser gerenciado; somos nós que precisamos.

 (GILLAIN BUTLER & TONY HOPE. Guia para o domínio da mente

[Manter o controle de si mesmo e do seu tempo] )


 Instrutor Guima

Caro(a),

Se eu lhe perguntar como anda o planejamento e a administração do seu tempo, certamente  você dirá duas coisas:

  • já estou cansado de ler/ouvir falar disso — não há novidades nessa matéria, salvo uma ou outra nova roupagem com que os consultores requentam o velho tema. Mas
  • continuo “sem tempo para nada” — e não consigo aplicar nem 5% do que aprendi sobre administração do tempo.

 Não é um paradoxo? Não, não é. Trata-se, apenas, daquela velha questão: na prática a teoria é outra... E isso ocorre principalmente porque imaginamos que a NOSSA VIDA pode ser fracionada em VÁRIAS VIDAS:

  •  a pessoal,
  • a familiar,
  • a profissional.

NOSSA VIDA, porém,  não é assim. Esses são papéis que representamos na vida única que nos caracteriza como CRIATURAS SINGULARES que somos.

 Portanto, VIDA É UNIDADE — e só pensando na VIDA COMO UM TODO é que poderemos nos REALIZAR COMO SERES HUMANOS.

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A organização pessoal como forma de administrar a própria vida

Costumamos gerenciar mal a nossa vida, esquecendo-nos de que a vida é um todo que não pode ser vista de forma fragmentada, pois que deve ser pensada e planejada em termos

  • pessoais,
  • familiares e
  • profissionais,

e organizada quanto aos aspectos

  • individuais,
  • espaciais e
  • temporais.

(THALENBERG, 2005)

Assim, quanto aos aspectos individuais há de se ter em mira, por exemplo, como cuidamos

  • da documentação pessoal (documentação organizada e de fácil localização) [Eletrônica, inclusive] e
  • da biblioteca pessoal (livros, revistas e recortes catalogados). [E também arquivos e diretórios eletrônicos]

Quanto aos aspectos espaciais, como limpamos e organizamos o

  • escritório pessoal, a mesa de trabalho, as estantes e armários. [E também o computador.] [1]

E, quanto aos aspectos temporais, pontos como estes:

  • objetivos definidos
  • priorização de atividades e rotina de cumprimento de tarefas e compromissos sociais e familiares
  • disciplina para leituras e estudos.

Tudo isso está interligado, e não pode ser examinado separadamente. E, diga-se, desde logo, que gerenciar o tempo pessoal não se trata de simplesmente aplicar umas tantas técnicas, de forma inflexível, automática ou mecânica — e está tudo resolvido. As técnicas não funcionam por si mesmas. A questão é mais complexa, não  obstante as técnicas tenham sua utilidade, conforme se verá, desde que não sejam vistas como receitas prontas nem panaceias para solucionar todo e qualquer caso.

Desse modo, a solução do problema do gerenciamento do tempo, passa, pois, pela organização pessoal — a grande chave da produtividade — ou seja, a capacidade individual de organizar e gerenciar a vida — sempre como um todo, repetimos.

A organização pessoal se desdobra em

  • autoconhecimento e 
  • gerenciamento pessoal.                              

Assim, temos de primeiramente saber QUEM SOMOS e COMO SOMOS, examinando os nossos

  • hábitos
  • tendências
  • valores
  • características pessoais e
  • comportamentos.          

[ULAF, 2005 (a)]

Depois, num processo de autodescoberta, temos de nos perguntar:

  • como utilizamos o nosso tempo?
  • o que não nos satisfaz?   
  • o que desejamos mudar?

E, em seguida, buscar os motivos pelos quais temos sido pouco produtivos. Certamente estes aspectos surgirão:

  • dificuldade em lidar com a interferência de fatores externos,
  • má administração do tempo disponível,
  • não sistematização das atividades, o que faz se gastar mais tempo do que o necessário para realizar algo e a
  • influência de hábitos negativos.

[ULAF, 2005 (b)]

A confirmar estas palavras de ROSA KRAUSZ:

A inadequada administração do tempo gera baixa produtividade, atrasos, tensão, angústia, desmotivação, desgaste físico e emocional, impedindo a otimização das capacidades gerenciais.

[1] O computador é nosso escritório; o e-mail, nossa mesa. 

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Organização pessoal e administração do tempo: cada um, cada um!

Todas as vezes que falamos de organização pessoal e administração do tempo, somos levados a crer na existência de padrões, ou  de um “tamanho único” aplicável a toda e qualquer pessoa. Claro, isso não existe, mas acabamos convencidos de que o “problema” somos nós e que somos “incapazes” de sermos disciplinados e eficientes.

Para tal caso, vale citar antiga lição de minha avó italiana, que sempre dizia: “Cada um, cada um, meu filho!”, para nos advertir acerca das diferenças individuais e do modo de ser próprio de cada pessoa.

Nesse sentido, é bom conhecer a obra ORGANIZE-SE!, de SUNNY SCHLENGER e ROBERTA ROESCH. Elas produziram excelente livro sobre como administrar tempo e espaço de forma eficiente, respeitando o estilo pessoal das pessoas.

Escreveram as autoras:

Provavelmente você tenha enfrentado problemas quando lhe disseram para seguir técnicas padronizadas de organização de tempo e espaço como estas:

  • Use os papéis somente uma vez.
  • Não use pequenos pedaços de papel.
  • Anote tudo em uma caderneta.
  • Anote tudo em um caderno grande.
  • Mantenha sua mesa limpa.
  • Termine o trabalho antes de começar outro.
  • Evite distrações

Seus problemas surgem porque essas técnicas básicas provavelmente não sejam ideais para as suas necessidades. Por exemplo, se você é impulsivo, em vez de ponderado, ou desleixado, em vez de cuidadoso, seguir regras padronizadas e rígidas nunca será aquilo que você mais deseja, em casa ou no escritório.

[SCHLENGER & ROESCH, 1992]

Em suas pesquisas, as autoras constataram que as pessoas têm pontos comuns, que correspondem a dez estilos operacionais diferentes na forma de administrar o tempo e o espaço:

            Tempo:

Saltador ► Eles gostam de ter muitos “ferros em brasa” e de trabalhar em diversas tarefas ao mesmo tempo, mas pulam constantemente de uma tarefa para outra, sem completar nenhuma delas.
Perfeccionista  Eles acham que podem fazer tudo, mas ficam tão envolvidos em tentar fazer tudo certo que, com frequência não conseguem executar os projetos em tempo. Mesmo quando terminam um trabalho, eles raramente ficam satisfeitos com os resultados.
Alérgico a detalhes  Preferem formular planos a executá-los; portanto, depois que começam um projeto, mal conseguem implantá-lo.
Zé-do-Muro  Eles deixam tudo ao acaso, porque têm dificuldades para tomar decisões e nunca sabem se tomarão a decisão certa.
Protelador  São entusiasmados, deixam tudo para a última hora e normalmente necessitam de pressão externa para completar uma tarefa no prazo fixado.

Espaço:

Tudo para Fora  Eles trabalham melhor quando tudo aquilo de que necessitam está à sua frente e acham que é uma perda de tempo guardar as coisas em gavetas e armários se vão usá-las novamente.
Nada para Fora  Detestam ver desordem; portanto, ter uma mesa limpa e tirar as coisas de vista os faz sentir como se estivessem no controle da situação.
Arrumador  Eles confundem arrumação com organização e acreditam que estão se organizando quando sua papelada está arrumada em pilhas perfeitas.
Guardador  Têm uma compulsão por guardar, porque alguma coisa pode vir a ser necessária um dia, alguém poderia ver uma utilidade nas coisas que guardam ou porque não sabem mais o que fazer com aquilo.
Desajeitado  Estes são totalmente desorganizados e acreditam que têm coisas mais importantes e criativas para fazer em suas vidas do que arrumações.

[SCHLENGER & ROESCH, 1992]

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 Instrutor Guima

E você, caro(a), qual é o seu estilo?

 Refletir sobre isso vai ajudá-lo(a) a elaborar um modo próprio de organizar-se ― sem angústia, sem autocobrança, sem perfeccionismo.

 Os textos abaixo vão ajudá-lo nessa reflexão. Bom trabalho!


Textos para reflexão

Uma das falsas dicotomias da vida moderna é a que separa a vida doméstica da profissional. Muitos acreditam que precisamos de um conjunto de qualidades em um caso e de um conjunto diferente no outro. Entretanto, isso não é verdade. A capacidade de resolver problemas, por exemplo, pode ser de grande valia para a nossa vida pessoal, e superar o estresse e a ansiedade pode ser importante para nosso trabalho. Ser justo com você mesmo e com os outros contribui para melhorar os relacionamentos pessoais e profissionais. A depressão é uma causa comum de infelicidade e também reduz a produtividade no trabalho.

...........................

Livros volumosos e cursos extensos são devotados ao gerenciamento do tempo; o princípio central, no entanto, é simples, embora profundo: use o tempo para fazer as coisas a que você dá valor ou que o ajudem a atingir seus objetivos. Não se trata de um convite ao egoísmo. Não é que você vá se restringir a fazer apenas o que é do seu interesse sem se importar com mais ninguém. O altruísmo leva algumas pessoas a dedicar conscientemente muito tempo a ajudar os necessitados; para elas, isso é uma coisa importante e um dos seus objetivos primordiais.

Todos temos que admitir que perdemos tempo demais com atividades que pouco ou nada significam para nós nem contribuem para alcançarmos nossas metas. Por que isso ocorre? A tendência é  atribuirmos o fato à falta de força de vontade, à preguiça ou à baixa eficiência. Mas, embora tais fatores possam influir até um certo ponto, raramente constituem a razão principal. A razão básica, mais importante que todas as outras somadas, é que não definimos nossos valores e nossos objetivos.

(GILLAIN BUTLER & TONY HOPE. Guia para o domínio da mente [Manter o controle de si mesmo e do seu tempo]


Somos escultores de nossa própria existência; esculpimos nosso destino através das pequenas coisas que fazemos diariamente e moldamos o nosso caráter através dos hábitos que adquirimos.

Para mudar o seu destino, mude um pequeno hábito de cada vez.

Nossas crenças e atitudes moldam a nossa realidade.

(TRINIDAD HUNT – Aprender a Aprender)


Aproveite cada minuto de sua jornada, pois na vida cada jornada é única. Não há uma segunda chance para ninguém. Ademais, é preciso desenvolver a sabedoria de se usar bem o tempo. Ele não costuma perdoar os que com ele não sabem trabalhar. Ele não sabe esperar. Passa a cada segundo. E tem o poder de transformar, rapidamente, o segundo do presente num fato passado. Para cada um deles fica sempre a pergunta: o que ficou? Isso nos remete para outras mais, mas destaco uma apenas: o que temos feito dos segundos, dos minutos, das horas, das semanas, dos meses e dos anos das nossas vidas?

(MARIA DE FÁTIMA GUERRA DE SOUZA)

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Decidindo sobre as coisas fundamentais da vida

Uma crença não é meramente uma ideia que a mente possui. É uma ideia que possui a mente.

(ROBERT BOLTON)


Como se vê dos textos acima, precisamos ter clareza dos valores que professamos e, com base neles, eleger os nossos objetivos. Valores são as nossas crenças, e são eles que regem nossas atitudes, nosso comportamento.

Quando tomamos consciência dos nossos valores, isto é, das coisas que acreditamos ser realmente importantes, podemos decidir sobre que tipo de pessoa queremos ser, que tipo de coisas queremos realizar. Esses são os nossos objetivos.


Atividade Prática

 Instrutor Guima

Façamos um exercício, para compreender bem esse ponto.

Pense na seguinte questão:

  • Quando morrer, como gostaria de ser lembrado pelos seus familiares?
  • E pelos seus amigos?
  • E pelos seus colegas de trabalho?

Para responder a si mesmo, faça um brainstorm e liste todas as coisas REALMENTE importantes para você, e depois as classifique em três grupos: ESSENCIAIS, IMPORTANTES e ACIDENTAIS.

ESSENCIAL é aquilo que eu DEVO fazer em primeiro lugar, “imediatamente já”. Não posso esperar. Não posso deixar para depois. É a coisa que, naquele momento, mais me levará em direção ao meu objetivo.

IMPORTANTE é aquilo que DEVO fazer depois que eu já tiver o que eu havia considerado Essencial. Importante é a segunda coisa que devo fazer. Ela contribuirá muito para meu objetivo, mas antes, devo fazer o Essencial.

ACIDENTAL é aquilo que eu só DEVO fazer depois que eu tiver feito o que eu havia considerado Essencial e Importante. É o que eu devo fazer em terceiro lugar.

(LUIZ ALMEIDA MARINS FILHO. Administrar Hoje [“Não dá tempo!”] )

Filosoficamente falando, todas as coisas terão o seu momento de realização. Assim, determinada coisa que hoje eu classifico como Acidental, poderá amanhã ou depois ser a coisa mais Essencial a fazer. Por isso o verbo é sempre “dever” e não “poder”. Eu devo fazer, só que em ocasião propícia, oportuna, frente aos meus objetivos.

(LUIZ ALMEIDA MARINS FILHO. Op. cit.)

Tudo o que você fizer a seguir deverá ser em direção aos objetivos. Ou seja, deverá fazer coisas que contribuam para os seus objetivos, compatibilizando ações  versus  objetivos.

Como a vida possui limitações e o tempo para fazer as coisas é “irrecuperável, ineslático e irreversível”,

Fica claro que não podemos fazer tudo e que nem devemos desperdiçar nosso tempo pulverizando ações que não levem diretamente ao nosso objetivo determinado.

(LUIZ ALMEIDA MARINS FILHO. Op. cit.)

Para não pulverizar, devemos selecionar, isto é, priorizar aquilo que julgamos essencial. 

Essa seleção das coisas que devemos fazer “agora” ou “imediatamente já” e as coisas que devemos deixar para depois é que constitui, na verdade, o segredo da organização do tempo.

(LUIZ ALMEIDA MARINS FILHO. Op. cit.)

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Prioridades

 Instrutor Guima

E como priorizar?

Os textos seguintes poderão ajudá-lo.


É a coragem, mais que a análise, que determina as regras verdadeiramente importantes para identificar as prioridades:

  • veja o futuro, em contraposição ao passado;
  • focalize a oportunidade, mais do que o problema;
  • escolha sua própria direção ― em vez de seguir os outros; e
  • aponte alto, aponte para alguma coisa que faça diferença, em vez de escolher algo que seja “seguro” e fácil de fazer.

(PETER F. DRUCKER. O Gerente eficaz. [Ele conhece o seu tempo]

Mas a tarefa não é estabelecer prioridade. Isso é fácil; qualquer um pode fazê-lo. A razão por que tão poucos gerentes conseguem concentrar-se é a dificuldade de estabelecer “posterioridades” ― isto é, decidir que tarefas não atacar ― e de se manter na decisão tomada.

(PETER F. DRUCKER. O Gerente eficaz. [Primeiro as primeiras coisas]

Administrar o tempo não é uma questão de ficar contando os minutos dedicados a cada atividade: é uma questão de saber definir prioridades. Provavelmente (numa sociedade complexa como a nossa), NUNCA vamos ter tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos fazer. Saber administrar o tempo é ter clareza cristalina sobre o que, para nós, é mais prioritário, dentre as várias coisas que precisamos e desejamos fazer — e tomar providências para que essas coisas mais prioritárias sejam feitas, sabendo que as outras provavelmente nunca vão ser feitas (mas tudo bem: elas não são prioritárias).

(Eduardo Chaves. Administração do Tempo)

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Você conhece sua missão

Uma visão sem tarefa não passa de um sonho. Uma tarefa sem visão é trabalho monótono.

Uma visão com uma tarefa é a esperança do mundo..

 (Inscrição na Igreja Inglesa de Sussex – 1730 d.C.)


 Instrutor Guima

Minhas(meus) caras(os):

Abaixo, alguns textos para vocês refletirem sobre sua missão pessoal.


Textos para reflexão

A visão será um fator crítico, pois ela é a ponte entre este mundo e o mundo das possibilidades. É a crisálida que oferece a esperança de vôo, o gênio que há em nós e que aguarda o momento de realizar-se.

...........................................................

Nesse caminho da transformação, a visão gera a nossa missão que incita a visão do estágio de pensamento ou de sonho para o estágio da ação ou atividade. Quer de âmbito pessoal, organizacional, nacional ou planetário, a visão tem o poder de nos enaltecer e proteger contra os choques e a mediocridade do dia a dia. É uma excepcional motivadora, capaz de levar um indivíduo ou um grupo de pessoas a um lugar que nunca alcançaram. Torna as tarefas suportáveis, a persistência tolerável, e dá um enorme senso de alegria ao trabalho que precisa ser executado.

(TRINIDAD HUNT – Aprender a Aprender)


Visão, missão e valores pessoais

Vejam a a PARTE A — O tripé do planejamento estratégico pessoal — do artigo Planejamento Estratégico Pessoal, de Tom Coelho.


No livro A qualidade é pessoal, os autores Roberts Harry e Bernard Sergesketter falam de como este último — Sergesketter — estabeleceu, ainda muito jovem, sua visão, missão e valores pessoais. Confiram:

Ocorreu-nos que a mesma reflexão cuidadosa que pode conduzir a declarações organizacionais como as da Motorola e da AT&T pode ser aplicada no nível pessoal. Ao pensar a respeito de preparar sua Lista de Verificação da Qualidade Pessoal, poderá ser útil estabelecer sua visão pessoal, sua declaração de missão pessoal e seus valores pessoais. Quando Sergesketter tinha dez anos, o médico da sua família delineou uma visão que ele adotou. Sua declaração de visão é:

Irei me empenhar para levar uma vida equilibrada, gastando meu tempo e minha atenção nas áreas dos quatro pontos da cruz a seguir:

                                                    

Sua declaração de missão é:

Levar uma vida espiritual rica e conduzir-me de maneira altamente ética em todos os assuntos; amar e cuidar dos membros de minha família até o máximo de minhas capacidades; executar meu trabalho com a mais alta qualidade e tratar meus associados com respeito; manter amizades que me trazem alegria e felicidade; manter minha saúde através de dieta e exercícios adequados; divertir-me regularmente; e não me levar demasiado a sério.

A declaração de valores de Sergesketter é:

Comprometo-me com estes valores para guiar minhas decisões e meu comportamento:

  • Respeito pelos outros: Tratar todas as pessoas com respeito e dignidade em todas as ocasiões.

  • Integridade: Honestidade em todos os procedimentos com os outros e comigo mesmo.

  • Compromisso: Aplicação de minhas energias e capacidades às pessoas e organizações com as quais tenho obrigações.

  • Excelência: Esforçar-me sempre para ser o melhor que eu puder ser.

Escrever suas próprias declarações pessoais irá ajudá-lo a criar sua Lista de Verificação da Qualidade Pessoal inicial, servir como guia para quando você modificá-la ao longo do caminho e prover uma excelente oportunidade para refletir sobre as coisas mais importantes em sua vida.

(HARRY V. ROBERTS & BERNARD F. SERGESKETTER. A qualidade é pessoal.)


  • Veja a Visão, a Missão e os Valores pessoais de Tom Coelho (educador, conferencista e escritor). Aqui: http://goo.gl/NWsBIc

“Mas o que É que Eu Faço se Não Tiver Controle sobre Minha Vida”

Essa é objeção procedente. É triste que em nossa sociedade ocorram com frequência situações como a que foi descrita. Certamente somos obrigados a empregar muito do nosso tempo fazendo coisas pouco divertidas e às quais não damos valor. O princípio de gerenciamento do tempo mostra, no entanto, que só é razoável empregar-se o tempo dessa forma quando é necessário para a realização de um dos objetivos de longo prazo. Se a única maneira de ganhar a vida no momento é executando um trabalho inexpressivo e desagradável, não nos resta alternativa, pelo menos por algum tempo. Mas é preciso que nos certifiquemos de que realmente não existem outras possibilidades naquele momento.

(GILLAIN BUTLER & TONY HOPE. Guia para o domínio da mente [Manter o controle de si mesmo e do seu tempo])


Equilíbrio pessoal

Marco Túlio Zerlotini, de 33 anos, coordenador de comunicação externa de um banco em Belo Horizonte conta que investe (...) para ser o profissional competente que o mercado quer. O maior investimento, entretanto, que muitos profissionais negligenciam, é no equilíbrio pessoal, nas relações com a família e em outras atividades desenvolvidas paralelamente ao trabalho (...) Assim, a tranquilidade e a satisfação que tem fora do trabalho acabam influenciando suas atitudes no ambiente profissional, na coordenação de sua equipe com mais humanidade, motivação e exploração de competências.

Há dez anos, Marco Túlio também atua como produtor cultural e atualmente está dirigindo um espetáculo teatral. “Essa experiência em produção e direção me ajudou a desenvolver habilidades importantes, além de ser uma paixão, um prazer. Como não é possível dissociar a vida pessoal da profissional, invisto nas duas e o resultado tem sido muito bom”, considera.

(VANESSA JACINTO. Para se manter no mercado. Estado de Minas, Caderno Emprego. 3.07.2005)

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Organizando...

O local de trabalho

- Método dos quatro quadrantes

A desorganização e as “pilhas” ― de processos, de documentos, de revistas, de e-mails ― consomem a “pilha” de qualquer um. Mas como a vida é um “todo”, as pilhas também se acumulam na vida pessoal: livros para ler, roupas para passar, contas e documentos para organizar.

E se o seu local de trabalho estiver assim algo como a imagem abaixo:

Fonte: Sunny Schlenger & Roberta Roesch. Harbra, SP, 1992.


é preciso urgente organizá-lo, pois se “você não souber onde pôr a mão na massa em seu trabalho, desperdiçará o tempo procurando coisas e criando caos em seu cérebro”.

Você deve ter um método de organização pessoal, mas se quiser conhecer a “regra de Eisenhower”, conhecido como método dos quatro quadrantes, utilizado por diversos presidentes americanos, veja esta síntese (com adaptações) extraída do livro Simplifique sua vida (KÜSTENMACHER & SEIWERT, 2004):

  1. Numa mesa vazia, próxima da mesa de trabalho, divida o espaço em 4 áreas.
  2. Depois, trabalhando em sentido horário, apanhe cada um dos expedientes sobre sua mesa de trabalho, e distribua-os da seguinte forma:

a) Jogar fora: Você se surpreenderá com a quantidade de coisas inúteis sobre sua mesa

b) Delegar: Selecione aquilo que você pode repassar aos membros de sua equipe

c) Resolver: Ponha aqui o que você deve resolver nos próximos dias/semanas

d) Agir: Resolva, imediatamente, por telefone/e-mail, ou arquive, assuntos que requerem ações instantâneas.

O método dos quatro quadrantes possui três regras rígidas:

  • Não forme pilhas intermediárias
  • Apanhe cada papel/processo/expediente apenas uma vez
  • Não crie uma quinta ou sexta pilha.

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Material organizado

O livro Como administrar o tempo, da Série Sucesso Profissional (Publifolha, SP, 1999), resume numa página este bom método de organização do local de trabalho:

Fonte: Como administrar o tempo. Série Sucesso Profissional. Publifolha, SP, 1999.


O fluxo de trabalho

Feita a “arrumação” da mesa de trabalho, o próximo passo é gerenciar o fluxo de entrada/saída de expedientes (documentos/mensagens/processos). Vejamos o diagrama fluxo de trabalho, (com adaptações)apresentado por David Allen, no livro Produtividade Pessoal (ALLEN, 2001).


Linkoteca

Artigos

E-book


Referências

ALLEN, David. Produtividade Pessoal – A arte da produtividade sem stress. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2001

BUTLER, Gilain; HOPE, Toni. Guia para o domínio da mente. Campus, Rio de Janeiro, 1997

DRUCKER, Peter. O gerente eficaz. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, s/d

JENSEN, BILL. O guia da simplicidade. Rio de janeiro, Editora Elsevier, 2004

KÜSTENMACHER, Werner Tiki; SEIWERT, Lothar J. Simplifique sua vida. São Paulo, Editora Fundamento, 2004

KRAUSZ, Rosa A. Administração eficaz do tempo. TPD/IOB. São Paulo, IOB, s/d

MARINS FILHO, Luiz Almeida. Administração hoje.[Não dá tempo!] Harbra, SP, 1998.

SCHLENGER, Sunny & ROESCH, Roberta. Organize-se!. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Harbra, 1992.

FOLHA DE S. PAULO – Série Sucesso Profissional. Como administrar o tempo. São Paulo, Publifolha, 1999.

MENCONI, Darlene. Istoé – Edição 1850 – Em busca do tempo- Site da revista ISTOÉ— Visitado em 26.03.2005

THALENBERG, Marcelo. Tempo = Vida — Culpa ou Desculpa- Site palestrarte.com.br — Visitado em 28.03.2005

NEEDLEMAN, Jacob. O tempo voa- Apud Site de Franciane Ulaf— Visitado em 28.03.2005

ULAF, Franciane – Administração do tempo

Site da autora - Visitado em 06.04.2005 (a)

Site da autora — Visitado em 06.04.2005 (b)

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Publicado por ALGuimaraes
em 01/10/2015 às 01h01
 
01/10/2015 01h00
D2 - Administração do tempo

SUMÁRIO


Administração do tempo

 Instrutor Guima

Caras(os):

Em Administração Eficaz do Tempo, Rosa Krausz lista os sintomas da desorganização pessoal:

  •  Deixar tarefas inacabados
  • Mesas e gavetas entulhadas de papéis inúteis
  • Fazer várias coisas, ao mesmo tempo, desordenadamente
  • Incapacidade de concentrar-se no que está fazendo
  • Falta de programação de tarefas/atividades
  • Procrastinação crônica
  • Não cumprir compromissos assumidos por esquecimento ou confusão
  • Dificuldade constante em encontrar coisas procuradas

Pois bem, se você manifesta alguns desses sintomas, as dicas abaixo poderão ajudá-lo . Confira.

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Sensação de não ter tempo

Ainda não temos ideia de como funciona nossa percepção do tempo. Sentimos que “as horas voam” quando nos divertimos ou quando temos muitas coisas para fazer, e que os “ponteiros se arrastam” quando assistimos a uma palestra desinteressante ou quando não encontramos nada para fazer quando nos sobra tempo, mas não sabemos como isso funciona em nosso cérebro.

 “A percepção do tempo se dá em razão do momento, das circunstâncias, pressões, responsabilidades, obrigações, sonhos e metas”

 A capacidade de transcender o tempo e o esforço, seja na Internet, seja pilotando um avião, nos permite acelerar o ritmo da vida e dilatar os limites da velocidade. Por isso nos vem a sensação de ter menos horas disponíveis para os momentos de pausa e ócio.

Essa sensação de que não temos tempo no dia a dia tem duas origens. A primeira é de fonte emocional; a segunda decorre do planejamento inadequado, o que nos torna sempre ocupados, mas ineficazes.

Assim, se por qualquer motivo eu adio decisões ou estou fazendo um trabalho de que não gosto vem a sensação psicológica de “falta de tempo”, pois a “briga interna” me leva a gastar horas “sofrendo e me angustiando” com aquilo que poderia ser feito em minutos.

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Somos “pobres de tempo”, e, ainda assim, “maus gastadores”

“Uma parte dos problemas atuais é efeito do fato de que nossa cultura imagina ser carente de tempo. No futuro, o homem revelar-se-á um bom ou mau recurso natural em função da maneira como administra sua relação com o tempo.”

(BODIL JÖNSSON, física da Universidade de Lund, Suécia) [Apud. MENCONI, 2005]


Outro fator que multiplica a angústia neste mundo do excesso de informações é que comprimimos no mesmo período uma série de novas atividades. Aulas de línguas, natação, ioga, pós-graduação, cursos de reciclagem, cabeleireiro, supermercado.

A tecnologia, claro, facilitou o trabalho, mas trouxe consigo uma maior demanda, pressionando nosso trabalho. Quando estivermos imaginando o quanto a tecnologia nos promete em termos de melhoria da qualidade de vida, devemos refletir sobre estas palavras sábias de JACOB NEEDLEMAN:

Desde o início da Revolução Industrial, inúmeras invenções foram projetadas para economizar tempo. Entretanto, esses dois séculos de incrível avanço tecnológico nos induziram a um estilo de vida em que o tempo parece estar desaparecendo. Vivemos numa cultura que nos prende a uma armadilha: fazemos muitas coisas, assumimos muitas responsabilidades, e dizemos sim a muitas oportunidades. Como Jeremy Rifkin destacou, somos "esmagados por planos que não podem ser executados, compromissos que não podem ser honrados, agendas e prazos que não podem ser cumpridos". Essa é a nova pobreza: fazemos parte de uma sociedade rica materialmente, mas pobre em relação ao tempo. A qualidade do tempo dedicado ao convívio humano simplesmente desapareceu de nossas vidas. [Grifamos.]

(JACOB NEEDLEMAN,2005)

E a conclusão a que podemos chegar é esta:

Não somos mais senhores do nosso tempo. Esse vazio nos leva a preencher e  a matar o tempo com coisas que não são importantes. As pessoas não sabem o que fazer com o horário livre. Esse é o mal do mundo contemporâneo. O tempo não é livre, é sem sentido. [Olgária Matos, filósofa da USP]

[MENCONI, 2005]

O que fazer, então?

A única forma de sobreviver é trabalhar melhor, conseguir maior produtividade e resgatar uma parte do tempo para a constante atualização. A obtenção deste tempo para crescer como ser humano e como profissional só será conseguida através de uma atuação eficaz, adequada, inteligente e organizada. Isso significa estabelecer metas, planejar, eliminar desperdícios, definir prioridades, em resumo autoadministrar-se, ser proativo.

(KRAUSZ, s/d)

A sabedoria consiste em trabalhar menos e render mais, em sermos eficazes e produtivos, para que possamos aplicar o tempo em coisas nutritivas: aquelas atividades que nos alimentam como seres humanos e nos energizam como criaturas espirituais:

  • ficar mais tempo na presença de quem gostamos: da família, dos amigos, dos confrades
  • fazer aquilo que nos recompensa: trabalhar com prazer, desenvolver atividades sociais e religiosas
  • cuidar de nós mesmos: lazer, esportes, cultura. E — por que não? — dar asas aos nossos sonhos, fantasias e projetos pessoais: fazer um curso no exterior, fazer aquela viagem inesquecível, ler boa literatura, escrever um livro, aprender a tocar um instrumento.     

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O que é administração do tempo

O objetivo básico da Administração do Tempo é aumentar a eficácia das pessoas que ocupam posições de supervisores, gerentes e executivos, permitindo que estes produzam mais em menos tempo, compatibilizando suas metas pessoais e profissionais com um menor desgaste e dispêndio de energia física e emocional.

Não existem receitas pré-fabricadas, nem uma única solução para cada um dos problemas relacionados com o uso do tempo. Há uma série de opções para solucionar dificuldades, problemas, barreiras e tensões e ninguém melhor do que você mesmo poderá selecionar as que melhor se ajustam ao seu caso.

A Administração do Tempo começa com a autodescoberta, isto é, como utilizamos o nosso tempo, o que não nos satisfaz e o que desejamos mudar.

[KRAUSZ, s/d]

O mau gerenciamento do tempo não provém da falta de conhecimento técnico, mas de hábitos, tendências, valores, características pessoais e comportamentos que levam a um estilo de vida onde o conjunto de variáveis faz com que a pessoa perca, ou nem tenha consciência da noção de administração do seu tempo pessoal.

[ULAF, 2005.a]

A síndrome da “falta de tempo” é responsável por um número significativo de mortes e aposentadorias prematuras. As doenças do coração causaram em 1978, nos Estados Unidos, 28% das mortes na faixa etária  de 35-44 anos, 38% n faixa de 45-54 anos e 47% na de 55-64 anos.

Uma outra pesquisa realizada pela revista INTERNATIONAL MANAGEMENT (Maio, 1984, pág. 42-48), com executivos de 10 países indica que os executivos brasileiros apresentam, comparativamente, alto índice de depressão, ansiedade e “stress”.

Dos 97 executivos brasileiros que participaram desta pesquisa, 40,9% foram considerados como sujeitos a risco de “stress” mental e as causas apontas foram:

  • pressão de prazos e de tempo;
  • excesso de trabalho;
  • períodos longos de trabalho;
  • subordinados não preparados;
  • relações interpessoais;
  • participação em reuniões.

                  [KRAUSZ, s/d]

Quando falamos em administrar o tempo, a primeira reação do ouvinte, na maioria das vezes é negativa. “Não sei administrar meu tempo”, “Isso é muito difícil”, “Duvido que alguém consiga aplicar essas técnicas de que falam em cursos”, “Não posso administrar meu tempo, pois o dia pra mim é cheio de imprevistos e nunca consigo fazer o que me proponho”, “Meu dia devia ter mais de 24hs”, “Meu chefe não me deixa livre para administrar meu tempo da forma como eu gostaria”... Enfim, dificilmente encontramos respostas positivas e otimistas quando tocamos neste assunto, no máximo, um “Eu quero muito aprender”. Realmente, a maioria das pessoas possui uma grande dificuldade em administrar o próprio tempo, e as razões são as mais variadas.

(FRANCIANE ULAF)

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O gerente em face da administração do tempo

Vivemos numa sociedade onde as pessoas são continuamente bombardeadas pela informação, mas apesar disto há indícios de que nossa habilidade de processá-las não tem aumentado proporcionalmente.

 (ROSA A. KRAUZS)


 Instrutor Guima

Caras(os):

Nos tópicos abaixo, vamos tecer alguns comentários sobre a administração do tempo por parte das pessoas que exercem algum tipo de "gerência". Como se sabe, esses profissionais são uns dos que mais sofrem com a "pressão do tempo", e as lições aplicadas a eles podem ser muito úteis a todos nós.

Vejamos.


Dereck Rowntree nos diz que “a habilidade de administrar o tempo é, com frequência, o que diferencia os bons administradores dos maus. (Afinal, se não conseguimos organizar a nós mesmos, como confiarão em nós para organizar outras pessoas?)”. (Avaliação Gerencial – Administração do Tempo).

Ainda devemos nos lembrar que quando “o profissional alcança o nível de alta gerência e diretoria, sua capacidade técnica é menos exigida. Os conhecimentos humanísticos e culturais tornam-se mais importantes” (JOAO BATISTA LODI).

O quadro abaixo ilustra essa questão:

Com efeito, à medida que sobe na escala acima, o gerente é obrigado a ler mais, a reunir-se mais, a ouvir mais, a informar-se mais, a orientar e desenvolver pessoas, e, para tanto, terá de investir algum tempo para poder planejar e controlar seu tempo.

Mas veja-se que “não existe uma distribuição ‘ideal’ de tempo, que se possa aplicar a todos os gerentes. Cada gerente deve saber o que mais lhe convém.” (ROSS A. WEBBER. Um guia para administração do tempo).

E, finalmente, vejamos este conselho de Peter Drucker, em O gerente eficaz:

A maioria das discussões sobre as funções do gerente começa com a advertência de planejar o próprio trabalho. Isso soa eminentemente plausível. A única coisa errada a respeito é que isso raramente funciona. Os planos sempre ficam no papel, sempre permanecem boas intenções. Raramente se transformam em realidade. [Grifamos.]

Gerentes eficazes, pelo que tenho observado, não começam pelas suas tarefas. Começam pelo seu tempo. E não iniciam com planejamento. Iniciam sabendo onde seu tempo é realmente empregado. Depois tentam controlar o tempo e cortar demandas improdutivas desse tempo. Finalmente, consolidam seu tempo “arbitrário” em unidades com a maior continuidade possível. Esse processo de três etapas:

  • observar o tempo,
  • controlar o tempo, e
  • consolidar o tempo

 ― é o fundamento da eficácia do gerente.

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Só trabalho duro não resolve o problema do tempo

Administrar o tempo não é apenas fazer mais rápido o que você já faz, mas simplificar. 

Reduzir suas opções de escolha.

(MÁRIO PERSONA)


SAM DEEP & LYLE SUSSMAN (Atitudes Inteligentes [Arranje mais tempo em seu dia]), relatam esse ponto interessante:

Quando fazemos seminários sobre a administração do tempo, em geral começamos perguntando aos participantes se eles concordam ou discordam da seguinte afirmação: “Eu poderia fazer mais se trabalhasse mais duro”. A maioria dos gerentes concorda. Em seguida, nós passamos a explicar a falácia de acreditar que o trabalho duro irá necessariamente resultar em bom trabalho. O trabalho duro resulta em fadiga; o trabalho inteligente resulta em produtividade. Desse modo, a meta de administrar melhor o tempo não consiste em trabalhar mais duro, mas em trabalhar com mais inteligência.

É preciso priorizar

O fato é que precisamos identificar as atividades mais importantes e concentrar nelas os nossos esforços (P. DRUCKER). Mas todos temos mais coisas a fazer do que jamais conseguiremos dar conta. Daí temos de fazer “escolhas” ― e isso quer dizer priorizar ― e nos sentirmos bem com as escolhas que fizermos (D. ALLEN).

Hoje em dia só o temporário é permanente

Vejamos estas assertivas de Stepehn Robbins sobre a instabilidade da vida gerencial:

No passado, gerenciar podia ser caracterizado por longos períodos de estabilidade interrompidos ocasionalmente por curtos períodos de mudança. Gerenciar, atualmente, seria mais descrito como longos períodos de mudanças constantes interrompidos ocasionalmente por curtos períodos de estabilidade! O mundo que a maioria dos gerentes e empregados enfrenta hoje é de temporariedade permanente. Os próprios trabalhos que os empregados desempenham estão num estado de fluxo permanente, portanto eles precisam atualizar continuamente seu conhecimento e habilidades para executar os novos requisitos do cargo.

E mais estas sobre as pressões de tempo impostas a quem decide, que “furam” qualquer método de administração do tempo:

Organizações impõem prazos para as decisões. (...) quase todas as decisões importantes vêm com prazos explícitos. Estas condições criam pressões de tempo para os tomadores de decisões e frequentemente tornam difícil, se não impossível, juntar todas as informações eu eles pudessem gostar de ter antes de fazer uma escolha final. O modelo racional ignora  realidade de que, em organizações, decisões vêm com restrições de tempo.

[ROBINS, 1999]

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As interrupções são naturais

Veja ainda que as interrupções são naturais, pois

As demandas de tempo não aparecem na sua vida enfileiradas, com bandeirinhas contendo as prioridades pré-estabelecidas. Em geral assemelham-se a uma multidão desorganizada, invadindo o seu espaço ao mesmo tempo e competindo por sua atenção.

(DRU SCOTT. Apud Rosa A. Krauzs)

E também preciso ter claro que

O dia de um gerente não transcorre por segmentos perfeitamente ordenados, mas sim distribui-se de maneira fragmentada e dinâmica: um minuto dedicado a isto, vinte segundos dedicado àquilo, uma hora ocupado por uma reunião. Dentro de cada período de tempo discutem-se múltiplos temas. Um subordinado chega e formula uma pergunta sobre o controle de qualidade; seu chefe dá-lhe a respostas, mas aproveita a oportunidade para perguntar sobre o orçamento do próximo ano e para dar algumas informações explícitas acerca da produção da semana anterior. Todas estas atividades podem ser difíceis de inventariar e ainda mais difíceis de desenredar para elaborar uma síntese.

(ROSS A. WEBBER. Um guia para administração do tempo)


Trabalhos inacabados e procrastinação [1]

Lista de “coisas a fazer” – Lugar de estacionamento de decisões relativas

a providências incômodas que precisam ser tomadas e depois

implementadas em algum momento do futuro indefinido.

(De um divertido glossário preparado por EILEEN C. SHAPIRO)


Mas concentre-se no que estiver fazendo, pois

Não é o trabalho duro, mas sim a dúvida e o temor que provocam ansiedade ao se constatar, após o retrospecto de um mês ou de um ano, que nos sentimos oprimidos pela quantidade de tarefas inacabadas.

(CHARLES E. HUMMEL. Apud Rosa A. Krauzs)

Há dois tipos de pessoas: aquelas que são simultâneas e aquelas são sucessivas. As pessoas sucessivas só podem se concentrar num assunto por vez, passando para o segundo uma vez terminado o primeiro ou que o tenham conduzido até onde seja possível no momento. Pelo contrário, as pessoas simultâneas podem passar de um problema a outro e a outro e de volta ao primeiro sem se atrapalharem durante o processo. Quem deseja ser gerente de êxito deve se tornar simultâneo. Quase todo o tempo de um gerente está dedicado a solucionar vários assuntos que se apresentam simultaneamente ou muito próximos uns dos outros. A menos que se tenha a habilidade de passar de um assunto a outro rapidamente, o provável é que não se chegará a ser um gerente feliz ou competente. As pessoas sucessivas ser darão melhor como profissionais independentes, que gozam de maior controle sobre seu dia.

(ROSA A. KRAUSZ)

Supere a procrastinação em tarefas que não gosta, se dê um prêmio ao completá-la.

.............................................................................

Ninguém tem uma vida 100% de prazeres ou 100% detestável, a vida é difícil e você não vai achar um trabalho ideal porque não existe. Aceite o fato que você é um ser humano e sempre vai ter que lidar com algo que o desagrade, no dia em que você falar para você mesmo: “Eu odeio fazer isto, mas tenho que fazê-lo já e me livrar logo” você vai se livrar também da ansiedade, do stress e da culpa em adiar e ser mais eficiente.

(MARCELO THALENGERG. Tempo = Vida – Culpa ou Desculpa?)


Inesperados acontecem

Inesperados acontecem ― e alguns humoristas organizacionais chegar a dizer que ocorrem mais do que o “programado”.

Daí que se deve deixar um espaço na agenda para eles. Ou seja: “programar-se para o inesperado”.

E ter clareza disto:

O inesperado pode ser muito mais importante, e, portanto, deve ter um “espaço” programado na agenda do executivo.

(LUIZ A. COSTACURTA. Tempo do executivo: o que há de novo?)

Sempre esperam que tudo vá correr bem. E, como todo gerente sabe, nada vai sempre bem. O inesperado sempre acontece ― o inesperado é, aliás, a única coisa que devemos certamente esperar. E raramente é uma surpresa agradável.

(PETER F. DRUCKER. O Gerente Eficaz. [Ele conhece o seu tempo])

Uma decisão, portanto, tem de ser tomada sobre as tarefas que merecem prioridade e as que são de menor importância. O único problema é quem vai tomar a decisão ― o gerente ou as pressões.

(PETER F. DRUCKER. Op. cit.)

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Concentrar-se nos objetivos, não nos problemas [2]       

“Eu estou enfrentando uma oportunidade difícil de resolver.”


Oscar B. Ferebee Jr., presidente da Goodman Segar and Hogan Residential Sales Corporation, me descreveu este Erro Fatal quando comentou: “Uma razão para a falta de eficiência da parte de muitos gerentes é porque se preocupam com problemas de pouca importância”.

Quando eu lhe perguntei exatamente o que queria dizer, ele respondeu que tinha observado que muitos gerentes gastam até 90% do seu tempo tratando de problemas que somente influem em 10% de sua produtividade. Em muitos casos, eles ficam tão envolvidos com os problemas que perdem totalmente de vista os seus objetivos.

(W. STEVEN BROWN. 13 Erros Fatais que os gerentes cometem ― e como evitá-los.

São Paulo: Maltese, 5a. edição, 1995)

Administração por crises (Estilo bombeiro)

As crises, como os incêndios, poderão ser evitadas através do planejamento sistemático das ações, da análise de suas causas e do estabelecimento de medidas preventivas para evitar que se repitam no futuro.

Mas quem está sempre resolvendo crises não “encontra” tempo para planejar, nem para pensar em prevenção.

Tanto no trabalho como nas outras áreas da nossa vida, as crises resultam da falta de providências em tempo hábil.

Toda a vez que estiver diante de uma crise, pergunte-se e pare para pensar o que poderá fazer para  que esta não se repita. Prevenir é mais fácil, mais rápido e mais barato que remediar.

(ROSA A. KRAUSZ. Administração Eficaz do Tempo)


[1] Sobre este ponto, veja este ótimo artigo de Stephen Kanitz: http://www.kanitz.com.br/veja/acabativa.asp

[2] Lembre-se também do princípio de Pareto (regra 80 X 20): 80% das consequências advém de 20% das causas. No caso aqui, isso significa dizer que em 20% dos fatores estão 80% dos resultados (ou problemas).

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Atividade

 Instrutor Guima

Caras(os):

A revista ÉPOCA trouxe uma reportagem sobre a TRÍADE DO TEMPO , cujo link vem logo abaixo, que fala da divisão do nosso tempo em coisas importantes, urgentes ou circunstanciais. 

Mas antes faça um teste sobre como você está dividindo o seu tempo. Aqui, neste link: http://goo.gl/08oKgF


Linkoteca

Artigo

E-books

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Referências

Livros

 ALLEN, David. Produtividade Pessoal – A arte da produtividade sem stress. Rio de Janeiro, Editora Campus, 2001

 JENSEN, BILL. O guia da simplicidade. Rio de janeiro, Editora Elsevier, 2004

 KÜSTENMACHER, Werner Tiki; SEIWERT, Lothar J. Simplifique sua vida. São Paulo, Editora Fundamento, 2004

 KRAUSZ, Rosa A. Administração eficaz do tempo. TPD/IOB. São Paulo, IOB, s/d

 MARINS FILHO, Luiz Almeida. Administração hoje.[Não dá tempo!] Harbra, SP, 1998.

 ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. Trad. Christina Ávila de Menezes — Rio de Janeiro: LTC, 8a. ed., 1999

SCHLENGER, Sunny & ROESCH, Roberta. Organize-se!. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Harbra, 1992.

 FOLHA DE S. PAULO – Série Sucesso Profissional. Como administrar o tempo. São Paulo, Publifolha, 1999.

 Jornais e Revistas

 MALONE, Thomas W. Tecnologia leva a gestão descentralizada. FOLHA DE S. PAULO. Seção Dinheiro. 31.10.2004.

 Sites

 MENCONI, Darlene. Istoé – Edição 1850 – Em busca do tempo

Site da revista ISTOÉ — Visitado em 26.03.2005

 THALENBERG, Marcelo. Tempo = Vida — Culpa ou Desculpa

Site palestrarte.com.br — Visitado em 28.03.2005

 NEEDLEMAN, Jacob. O tempo voa

Apud Site de Franciane Ulaf— Visitado em 28.03.2005

 ULAF, Franciane – Administração do tempo

Site da autora - Visitado em 06.04.2005 (a)

Site da autora — Visitado em 06.04.2005 (b)

 ALVARÃES, Alberto. Considerações sobre a administração do tempo.

Site carreiras.empregos.com.br - Vistado em 27.03.2005

BELLUZZO, Regina Célia Baptista. A Educação na Sociedade do Conhecimento.

Site www.usc.br - Visitado em 28.09.2004


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Publicado por ALGuimaraes
em 01/10/2015 às 01h00
 
30/09/2015 01h11
G1 - Ciclo de Estudos sobre a Comunicação na Casa Espírita

SUMÁRIO


Introdução

Baseado na teoria exposta na Seção G - Comunicação na Casa Espírita (CCE) (aqui), cuja síntese está neste mapa mental (aqui), a Casa Espírita Francisco de Paula Vítor e a Seara Espírita Bezerra de Menezes, de Lambari, MG, estão promovendo o Ciclo de Estudos sobre a Comunicação na Casa Espírita, do qual já foram realizados dois encontros. O primeiro ocorreu em outubro de 2014 (aqui) e o segundo em julho de 2015 (aqui).

Neste módulo vamos resumir os pontos essenciais desenvolvidos nesses encontros.

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Atividades das instituições, público-alvo e levantamento de necessidades

Antecedendo ao 1o. Encontro, os dirigentes das instituições (Mariléa Brasil e Adão Juarez) e o responsável pelo evento (Antônio Carlos Guimarães), promoveram reuniões para discutir as atividades das duas casas, as necessidades dos tarefeiros e do público que frequenta as reuniões. São duas casas pequenas, de porte equivalente, que promovem atividades doutrinárias e assistenciais semelhantes, e isso facilitou a montagem do programa do Ciclo de Estudos.


Programa geral do Ciclo de Estudos

Principais habilidades e competências de comunicação a serem desenvolvidas


Pontos de Teoria da Comunicação a serem desenvolvidos


Programa geral do Ciclo de Estudos

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Atividades dos 1o. e 2o. Encontros

No 1o. Encontro, deu-se uma visão geral dos serviços prestados e das atividades de comunicação que ocorrem na casa espírita e foram expostos pontos de teoria da comunicação e diversas ideias para o estabelecimento de um programa de capacitação para os tarefeiros das áreas de recepção, atendimento fraterno, exposição, evangelização, coordenação de grupos de estudos, preparação de materiais didáticos e administração da instituição.

A finalidade foi dar uma visão geral da proposta do Ciclo de Estudos e de pontos gerais de Teoria da Comunicação e discutir com as pessoas as ideias e objetivos e estabelecer, com a ajuda dessas, o que de fato era importante e necessário realizar. Outro fator a destacar aqui é que, pela primeira vez, as duas entidades espíritas de Lambari realizavam um evento em conjunto, aproximando fraternalmente dirigentes e trabalhadores.

Os temas discutidos no 2o. Encontro foram: as atividades de comunicação das instituições; o público-alvo (interno e externo) da nossa instituição; programação das palestras da instituição; os instrumentos e ferramentas eletrônicas para estudar, ensinar e divulgar a Doutrina Espírita.

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Metodologia geral

A metodologia do Ciclo de Estudos abrange atividades presenciais e a distância. Eis os principais pontos:

- PREVIAMENTE

  • Contatos iniciais por e-mail do organizador com o grupo de treinandos.
  • Leitura prévia de textos para reflexão

- NO EVENTO

  • Abertura pelos dirigentes
  • Música e negociação com o grupo (Pacto de princípios: horário, celular, lanches, etc.)
  • Exposição dialogada, com apoio de Apresentação PowerPoint (PPT)
  • Atividades: dinâmicas de grupo, brainstorming, exercícios em grupo, aplicação de testes, relaxamento
  • Avaliação escrita do encontro​ e o Encontro numa palavra (em quadro afixado na sala)
  • Distribuição de CD com materiais e orientações para leituras e assistência de vídeos

- A DISTÂNCIA

  • Roteiro de estudos a distância
    • ​Textos para aprofundamento
    • Revisão das Apresentações PPT
    • Linkoteca de textos e vídeos
    • Leitura guiada de livro de comunicação
  • Assistência de vídeos
  • Orientação e solução de dúvidas por e-mail (pelo organizador)

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Materiais utilizados no 1o. Encontro

Aqui no site estão disponíveis os seguintes materiais utilizados no 1o. Encontro:

  • Apresentação PPT Evento 1o. Encontro COMUNICAÇÃO NA CASA ESPIRITA (aqui)
  • Apresentação PPT Abertura Evento 1o. Encontro (aqui)
  • Apresentação PPT Atividades Evento 1o. Encontro (aqui)
  • Apresentação PPT Palestra Falar em Público 1o. Encontro (aqui)
  • Arquivo com Linkoteca de textos e vídeos sobre comunicação e oratória (aqui)
  • Arquivo com orientações, roteiros, programa (aqui)

O CD dos materiais do 1o. Encontro distribuído aos participantes tem o seguinte conteúdo:

- CONTEÚDO DO CD


NOTA: Parte do conteúdo desse CD está disponível aqui no site (v. os links acima). Eventuais interessados nos demais conteúdos podem contatar-nos por e-mail: http://www.aprendizadoespirita.net/contato.php 

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Materiais utlizados no 2o. Encontro

Aqui no site estão disponíveis os seguintes materiais utilizados no 2o. Encontro:

  • Apresentação PPT Evento 2o. Encontro COMUNICAÇÃO NA CASA ESPIRITA (aqui)
  • Arquivo com orientações, roteiros, programa (aqui)
  • Aperfeiçoando habilidades de comunicação - Parte 1 - Roteiro de Estudo a Distância (Veja abaixo)

ROTEIRO PRÁTICO DE DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO

 ​Aplicado a distância e com monitoria on-line, o ROTEIRO PRÁTICO acima tem o seguinte objetivo de ensino:

  • Ao concluir todas as atividades deste roteiro de estudos, você terá (re)visto e aprimorado suas competências para o​
  • Escutar verdadeiramente,
  • Autorrevelar-se mais fielmente, e
  • Expressar-se mais claramente. ​

O ROTEIRO faz uso dos seguintes recursos didáticos:

  • ROTEIRO DE AUTOAPRENDIZAGEM
  • PASSO A PASSO e 
  • EXERCITAÇÃO.

(*) Foi adotado como livro texto desse ROTEIRO DE ESTUDOS A DISTÂNCIA (RED) este manual de comunicação: 

  • Mensagens – Como obter sucesso aperfeiçoando suas habilidades na comunicação – Mathew Mckay, Martha Davis e Patrick Fanning – Trad. Denise Maria Bolanho – São Paulo : Summus, 1999. 

Sumário do ROTEIRO PRÁTICO DE DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO

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Bibliografia 

Referências bibliográficas dos materiais utilizados no 1o. e 2o. Encontros:


COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES - Messiluce Hansen - Departamento de Artes e Comunicação Social – UFS – Apresentação PPT

COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL E GRUPAL: Desafios e novos caminhos – Cecília Vaz – Apresentação PPT

DESAFIOS DA CONVIVÊNCIA - Cleto Brutes – Apresentação PPT disponível em www.searadomestre.com.br

COMUNICAÇÃO: Foco em resultados – Técnicas de Apresentação de Eunice Mendes – Instituto IVC - Apresentação PPT

GESTÃO COM PESSOAS – Comunicação interpessoal – Fátima Fraya - Apresentação PPT

CONSTRUINDO O CONCEITO DE COMPETÊNCIA - Maria Tereza L. Fleury & Afonso Fleury. http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf

ATÉ QUE PONTO, DE FATO, NOS COMUNICAMOS? – Ciro Marcondes Filho – São Paulo : Ed. Paulus, 2004

PARA ENTENDER A COMUNICAÇÃO – Ciro Marcondes Filho – São Paulo : Ed. Paulus, 2008

COMUNICAÇÃO EFICAZ – O ponto crítico entre o dito e o entendido – Moacir Costa de Araújo Lima – Porto Alegre : AGE Editora, 2002

MUDANÇAS NA COMUNICAÇÃO PESSOAL – Gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica – José Manuel Moran – São Paulo : Paulinas, 1998

COMUNICAÇÃO PARA A PRODUTIVIDADE – O que você tem a ganhar com a comunicação empresarial – Eduardo Pinto – Rio de Janeiro : Quartet, 1994

CONVERSAÇÃO – Como um bom papo pode mudar a sua vida – Theodore Zeldin – Trad. Sérgio Flaksman – São Paulo : Record, 2001

MENSAGENS – Como obter sucesso aperfeiçoando suas habilidades de comunicação – Matthew McKay; Martha Davis; Patrick Fanning – Trad. Denise Maria Bolanhos – São Paulo : Summus, 1999

TREINANDO COM A PNL – Recursos da programação neurolinguística para administradores, instrutores e comunicadores – Joseph O’Connor e John Seymour – Trad. Denise Maria Bolanho – São Paulo : Summus, 1996

DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL – Treinamento em grupo – Fela Moscovici – Rio de Janeiro : José Olympio Editora, 2004

TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO ESCRITA – Izidoro Blikstein – São Paulo : Ática, 1992

SEGREDOS DA LINGUAGEM CORPORAL – Como saber o que as pessoas realmente querem dizer - Vijaya Kumar – São Paulo : Universo Livros, 2011

COMUNICAÇÃO ESSENCIAL – Reinaldo Passadori – São Paulo : Editora Gente, 2003

EU! FALANDO EM PÚBLICO? Sílvio Luzardo – São Paulo : Paulus, 2010

COMUNICAÇÃO SEM MEDO – Eunice Mendes & L. A. COSTACURTA JUNQUEIRA – São Paulo : Editora Gente, 1999

VOCÊ PODE FALAR MELHOR – Noélio Duarte – São Paulo : Hagnos, 2001

COMO SER UM BOM PREGADOR – João Mohana – São Paulo : Edições Loyola, 1993

EVANGELIZAÇÃO É COMUNICAÇÃO – Problemas e soluções para despertar uma evangelização mais ativa em sua igreja – Guilherme Cook – Campinas, SP : United Press, 1998

PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO – Rovílio Costa [Org.] – Porto Alegre : Grafosul, 1986

TEORIA DA COMUNICAÇÃO – 1000 Perguntas – Felipe Pena - Rio de Janeiro : Editora Rio, 2005

GRUPOS DE ENCONTRO – Carl R. Rogers – Trad. Joaquim L. Proença – São Paulo : Martins Fontes, 1978

CONVERSAS COM QUEM GOSTA DE ENSINAR – Rubem Alves – São Paulo : Ars Poetica, 1995

COMUNICAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS – A linguagem do sentir – Maria Tereza Maldonado – Petrópolis, RJ : Vozes, 1981

A ARTE DA CONVERSA E DO CONVÍVIO – Maria Tereza Maldonado; Alan Garner -  Rio de Janeiro : Rosa dos Tempos, 1993

POR QUE TENHO MEDO DE LHE DIZER QUEM SOU? John Powell, S. J. – Belo Horizonte : Editora Crescer, 1992

RELAÇÕES HUMANAS NOS CENTROS ESPÍRITAS – Nazareno Tourinho – São Bernardo do Campo, SP : Ed. Correio Fraterno, 1994

ALTERIDADE, A DIFERENÇA QUE SOMA – [Diversos autores] – Belo Horizontre : INEDE/ABRADE, 2005.

COMO MELHORAR SUA COMUNICAÇÃO, para entender e comunicar bem o Espiritismo – Ivan René Franzolim – Capivari, SP, EME Editora, 1994

CARIDADE DO VERBO – Métodos e Técnicas de Exposição Doutrinária Espírita – Goiânia : Editora Kelps,1996

A DIMENSÃO DA FALA E A PALESTRA ESPÍRITA – Waldehir Bezerra de Almeida – Matão, SP : O Clarim, 2011

COMO FALAR EM PÚLICO, sem desencarnar de medo – Geraldo Campetti Sobrinho; Mônica Zarati Pedrosa – Bauru, SP : CEAC, 2011

A ESSÊNCIA DA COMUNICAÇÃO – Desenvolvendo a excelência em comunicação interpessoal nas instituições espíritas – Alyrio de Cerqueira Filho – Cuiabá : Editora Espiritizar, 2012

ENERGIA MENTAL E AUTOCURA – Alyrio de Cerqueira Filho. Santo André, SP : EBM Editora, 2010

ORATÓRIA ESPÍRITA – José Carlos Leal – Rio de Janeiro : Edições CEDL, 2003

CAMINHOS DA DIVULGAÇÃO ESPÍRITA – Alberto de Souza Rocha – Niterói, RJ : Lachâtre, 1999

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Publicado por ALGuimaraes
em 30/09/2015 às 01h11
 
30/09/2015 01h10
G 2 - MÓDULO - Informação e Conhecimento

SUMÁRIO


Introdução

Abaixo vão alguns textos sobre informação e conhecimento, que servem à vida pessoal, institucional ou profissional das pessoas. Nosso foco aqui, claro, é o ambiente das instituições espíritas, que, como qualquer outra instituição privada ou pública, necessita de gerenciar sua informação, o que significa, em síntese: 

  • gerar
  • captar
  • armazenar e
  • distribuir o conhecimento essencial para o funcionamento otimizado de uma organização. [NONAKA, 2006]

E por gerente entenda-se não só os membros da diretoria, mas qualquer pessoa da instituição que seja responsável por uma equipe, seja de assistência, de divulgação, de estudos, de prática mediúnica, etc.

De fato, basta uma olhada nas mapas mentais abaixo para se ter uma visão da multiplicidade e complexidade das atividades da Casa Espírita e da quantidade e variedade de informação e conhecimento que elas demandam:

  • Gestão do Saber Doutrinário Espírita (aqui)
  • Visão simplificada do Saber Espírita (aqui)
  • A Comunicação na Casa Espírita (aqui)

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A comunicação eletrônica

Instrutor Guima

Caro(a) leitor(a),

Você já viu as amplas possibilidades da comunicação eletrônica? Então, dê uma olhada nas Figuras 2 e 3 – Comunicação Eletrônica, postas logo abaixo. (aqui). 

Então, não é fantástico?

No entanto, isso não significa que nesse campo tudo sejam flores, porque ainda não encontramos o tom, isto é, uma forma sensata, equilibrada e saudável de bem explorar todos esses recursos em nosso benefício, em benefício das pessoas com quem trabalhamos e em benefício da instituição de que fazemos parte. Quer ver? Pense nisto:

  • O universo da informação, supervitalizado pela informática, cresce assustadoramente. Não nos faltam dados e informações, mas sim meios de pesquisar, buscar, selecionar e ler todo esse vasto material disponível. (CONSULTORIA DE COMUNICAÇÃO)
  • O correio eletrônico e a miríade de outras formas de se conectar [WhatsApp, Facebook, outras redes sociais] com todos por toda parte são tanto uma bênção quanto uma maldição. Lado positivo: trazem o mundo para você. Lado Negativo: trazem para você um mundo barulhento, não filtrado, sem foco, indesejado! É preciso disciplinar-se para fechar a porta virtual. (BILL JENSEN)

​Viu? A tecnologia e a modernidade apresentam também pontos negativos — quem, por exemplo, nunca está às voltas com a caixa de mensagens lotada? — sobre os quais temos de ter clareza para bem aproveitar os seus aspectos positivos.

Pois bem. Como as ferramentas eletrônicas se tornaram o nosso escritório de trabalho, a nossa mesa, a nossa "máquina de escrever", a nos ditar, diariamente, o ritmo e a ordem de trabalho, vamos aprender a utilizá-los com competência, de modo que possamos viver, produzir e crescer mais e melhor nas nossas atividades pessoais, profissionais e institucionais.

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O gerente e a informação

Quem gerencia, basicamente toma decisões servindo-se do raciocínio e da intuição. E para a orientar a tomada de decisões deve ter informações. Boas informações dependem de boa comunicação. Daí que o bom gerente deve ser um bom comunicador.

Como em tudo, não há também um “comunicador institucional perfeito”. Mas um bom comunicador institucional deve ter os seguintes predicados:

  • ser pessoa  bem informada
  • ter capacidade de compreender FATOS e PESSOAS
  • ter capacidade de relacionar CAUSAS e EFEITOS
  • ter capacidade de antecipar CONSEQÜÊNCIAS  [PINTO, 1994.]

 Esses predicados são aqueles exigidos para adquirir informações  — aquelas mesmas que vão orientar as decisões. Mas as decisões, para serem bem aceitas e bem compreendidas, devem ser bem comunicadas.

Assim, o gerente deve ter competência não só para buscar informações, mas também para transmiti-las, a diversos públicos, de forma

  • clara e sucinta, e
  • com linguagem adequada.

Os velhos gerentes do modelo autoritário não comunicam — só emitem ordens para serem cumpridas e comunicam decisões autocráticas já tomadas. Mas esses, em face da velocidade das mudanças, já estão condenados à extinção, pois estão com seus mandatos vencidos — e não mais se “reelegerão”, a não ser que mudem seu comportamento.

Para os gerentes modernos, o buscar e o transmitir informações torna-se um ciclo virtuoso que se realimenta num constante ir e vir, pois não há comunicação de mão única. Comunicação é sempre de mão dupla: receber e dar feedback, envolver, fazer com que todos — de todos os níveis — da instituição participem.

Desse modo, a boa comunicação institucional transpassa e vitaliza todas as demais funções administrativas:

PLANEJAR ► ORGANIZAR ► EXECUTAR ► AVALIAR

Muito mais do que transpassar, a boa comunicação torna-se garantia da qualidade dessas funções.

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O lento processo do dado à compreensão

Com a velocidade das mudanças e o avanço da tecnologia, uma imensurável quantidade de dados e informações transita em nossas vidas e nas organizações. Expressiva parte desses dados e informações é, no entanto, irrelevante, redundante, improdutiva. E a parte relevante, por si só, não constitui, ainda, conhecimento. É preciso se informar, manipular, ruminar para compreender, relacionar e aplicar, transformando, assim, ao fim e ao cabo, dado/informação em conhecimento prático e útil. 

Assim, devemos pensar na compreensão como uma progressão que vai dos dados à sabedoria. As diferenças entre os passos não são muito claros, mas existem. As diferenças entre dados e informações, por exemplo, são como tons de cinza; na outra extremidade da progressão, em direção à sabedoria, não é difícil apenas perceber as diferenças: mesmo os conceitos são difíceis de definir. (...) Em geral, isso acontece porque, numa ponta do espectro, a compreensão se torna cada vez mais pessoal, até chegar a uma intimidade que já não pode ser compartilhada. Apenas o processo que leva a ela pode ser compartilhado. (NATHAN & WURMAN, 1995)

Esse processo de transformar dado/informação em conhecimento em aplicação prática exige de nós um esforço muito grande, e depende muito de boas práticas de comunicação, pois é preciso

  • saber selecionar “o que ler”
  • saber “saber como ler” (níveis de leitura) [V. Nota abaixo]
  • saber “compreender o que ler”
  • saber “reter o que ler”
  • saber “aplicar o que ler”
  • saber “transmitir o que ler”.

Como os ciclos de todos os empreendimentos humanos estão se tornando mais curtos,  isso atingiu também a área do conhecimento, que deve ser criado continuamente e distribuído e atualizado sem intervalos.

A isso some-se que a vida útil do conhecimento, que é o período de tempo para o qual o conhecimento é aplicável e útil, está em curva decrescente, e que o volume crescente de conhecimento exige dedicação para lidar com as informações, sejam as pessoais, as da instituição ou as profissionais.

NOTA: Sobre dicas para melhorar a qualidade da leitura, veja (aqui)

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Fig. 1 - O processo do Conhecimento

Fonte: NATHAN & WURMAN, 1995


NOTA: Dados (fatos e números, sem contexto ou interpretação), e informações (dados dentro de alguns padrões), não constituem um conhecimento em si (informação capaz de ser posta em ação). [O'DELL & GRAYSON]

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Fig. 2 - Comunicação eletrônica institucional


Fig. 3 - Comunicação eletrônica pessoal

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Referências

  • O’DELL, Carla & GRAYSON Jr. C. Jacson. Ah... se soubéssemos antes o que sabemos agora. São Paulo : Futura, 2000.
  • GUIMARÃES, Antônio Carlos. Gestão do Conhecimento e Doutrina Espírita. Londrina, PR, EVOC, 2013. Disponível (aqui).
  •  NONAKA, Ikujiro. A empresa criadora de conhecimento. In Aprendizagem Organizacional. Rio de Janeiro : Elsevier, 2006.
  • PINTO, Eduardo. Comunicação para a produtividade. RJ, Quartet, 1993.
  • SHEDROFF, NATHAN. Apud WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de informação (2). Um guia para quem se comunica e dá instruções. São Paulo : Editora de Cultura, 1995. 

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Publicado por ALGuimaraes
em 30/09/2015 às 01h10
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