Abaixo vão alguns textos sobre informação e conhecimento, que servem à vida pessoal, institucional ou profissional das pessoas. Nosso foco aqui, claro, é o ambiente das instituições espíritas, que, como qualquer outra instituição privada ou pública, necessita de gerenciar sua informação, o que significa, em síntese:
E por gerente entenda-se não só os membros da diretoria, mas qualquer pessoa da instituição que seja responsável por uma equipe, seja de assistência, de divulgação, de estudos, de prática mediúnica, etc.
De fato, basta uma olhada nas mapas mentais abaixo para se ter uma visão da multiplicidade e complexidade das atividades da Casa Espírita e da quantidade e variedade de informação e conhecimento que elas demandam:
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Você já viu as amplas possibilidades da comunicação eletrônica? Então, dê uma olhada nas Figuras 2 e 3 – Comunicação Eletrônica, postas logo abaixo. (aqui).
Então, não é fantástico?
No entanto, isso não significa que nesse campo tudo sejam flores, porque ainda não encontramos o tom, isto é, uma forma sensata, equilibrada e saudável de bem explorar todos esses recursos em nosso benefício, em benefício das pessoas com quem trabalhamos e em benefício da instituição de que fazemos parte. Quer ver? Pense nisto:
Viu? A tecnologia e a modernidade apresentam também pontos negativos — quem, por exemplo, nunca está às voltas com a caixa de mensagens lotada? — sobre os quais temos de ter clareza para bem aproveitar os seus aspectos positivos.
Pois bem. Como as ferramentas eletrônicas se tornaram o nosso escritório de trabalho, a nossa mesa, a nossa "máquina de escrever", a nos ditar, diariamente, o ritmo e a ordem de trabalho, vamos aprender a utilizá-los com competência, de modo que possamos viver, produzir e crescer mais e melhor nas nossas atividades pessoais, profissionais e institucionais.
Quem gerencia, basicamente toma decisões servindo-se do raciocínio e da intuição. E para a orientar a tomada de decisões deve ter informações. Boas informações dependem de boa comunicação. Daí que o bom gerente deve ser um bom comunicador.
Como em tudo, não há também um “comunicador institucional perfeito”. Mas um bom comunicador institucional deve ter os seguintes predicados:
Esses predicados são aqueles exigidos para adquirir informações — aquelas mesmas que vão orientar as decisões. Mas as decisões, para serem bem aceitas e bem compreendidas, devem ser bem comunicadas.
Assim, o gerente deve ter competência não só para buscar informações, mas também para transmiti-las, a diversos públicos, de forma
Os velhos gerentes do modelo autoritário não comunicam — só emitem ordens para serem cumpridas e comunicam decisões autocráticas já tomadas. Mas esses, em face da velocidade das mudanças, já estão condenados à extinção, pois estão com seus mandatos vencidos — e não mais se “reelegerão”, a não ser que mudem seu comportamento.
Para os gerentes modernos, o buscar e o transmitir informações torna-se um ciclo virtuoso que se realimenta num constante ir e vir, pois não há comunicação de mão única. Comunicação é sempre de mão dupla: receber e dar feedback, envolver, fazer com que todos — de todos os níveis — da instituição participem.
Desse modo, a boa comunicação institucional transpassa e vitaliza todas as demais funções administrativas:
PLANEJAR ► ORGANIZAR ► EXECUTAR ► AVALIAR
Muito mais do que transpassar, a boa comunicação torna-se garantia da qualidade dessas funções.
O lento processo do dado à compreensão
Com a velocidade das mudanças e o avanço da tecnologia, uma imensurável quantidade de dados e informações transita em nossas vidas e nas organizações. Expressiva parte desses dados e informações é, no entanto, irrelevante, redundante, improdutiva. E a parte relevante, por si só, não constitui, ainda, conhecimento. É preciso se informar, manipular, ruminar para compreender, relacionar e aplicar, transformando, assim, ao fim e ao cabo, dado/informação em conhecimento prático e útil.
Assim, devemos pensar na compreensão como uma progressão que vai dos dados à sabedoria. As diferenças entre os passos não são muito claros, mas existem. As diferenças entre dados e informações, por exemplo, são como tons de cinza; na outra extremidade da progressão, em direção à sabedoria, não é difícil apenas perceber as diferenças: mesmo os conceitos são difíceis de definir. (...) Em geral, isso acontece porque, numa ponta do espectro, a compreensão se torna cada vez mais pessoal, até chegar a uma intimidade que já não pode ser compartilhada. Apenas o processo que leva a ela pode ser compartilhado. (NATHAN & WURMAN, 1995)
Esse processo de transformar dado/informação em conhecimento em aplicação prática exige de nós um esforço muito grande, e depende muito de boas práticas de comunicação, pois é preciso
Como os ciclos de todos os empreendimentos humanos estão se tornando mais curtos, isso atingiu também a área do conhecimento, que deve ser criado continuamente e distribuído e atualizado sem intervalos.
A isso some-se que a vida útil do conhecimento, que é o período de tempo para o qual o conhecimento é aplicável e útil, está em curva decrescente, e que o volume crescente de conhecimento exige dedicação para lidar com as informações, sejam as pessoais, as da instituição ou as profissionais.
NOTA: Sobre dicas para melhorar a qualidade da leitura, veja (aqui)
Fig. 1 - O processo do Conhecimento
Fonte: NATHAN & WURMAN, 1995
NOTA: Dados (fatos e números, sem contexto ou interpretação), e informações (dados dentro de alguns padrões), não constituem um conhecimento em si (informação capaz de ser posta em ação). [O'DELL & GRAYSON]
Fig. 2 - Comunicação eletrônica institucional
Fig. 3 - Comunicação eletrônica pessoal