CAPÍTULO I - MELHORANDO A FORMA DE ESTUDAR
CAPÍTULO I - MELHORANDO A FORMA DE ESTUDAR
A (r)evolução tecnológica transformando o mundo
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Sem entrar no mérito de nenhum outro aspecto da questão, o fato é que a acelerada (r)evolução tecnológica das últimas décadas transformou/está transformando nossa maneira de viver, de trabalhar, de aprender.
No meio familiar, profissional, acadêmico – na sociedade, na escola, na empresa, e assim também na instituição religiosa, social ou assistencial de que eventualmente façamos parte –, essas mudanças estão continuamente a exigir novas posturas em face da vida pessoal e grupal.
Vejamos como isso se dá, especialmente no ponto que nos interessa aqui: o aprendizado.
No tocante ao modo de aprender e trabalhar, é fácil hoje constatar:
Instrutor Guima
O significado disso é que não não podemos mais esperar que a informação e o conhecimento venham até nós. Temos de buscá-los, permanentemente, visto que devemos nos responsabilizar pelo gerenciamento da nossa aprendizagem, da informação com que lidamos, do conhecimento e competências de que necessitamos, em todos os campos da vida.
Para encerrar esse ponto, fiquemos com a seguinte conceito:
Aprender a aprender significa a aprendizagem “que fica” para a vida, independente do conteúdo. É um processo de buscar e conseguir informações e recursos para lidar com as situações e solucionar os problemas com e através da experiência de outras pessoas, aliada à sua própria experiência. É um processo de desenvolvimento da disponibilidade psicológica para aprendizagem e aperfeiçoamento permanente de pessoas e grupos.
(FELA MOSCOVICI. Renascença organizacional)
2 - Dicas para estudar a distância
Introdução
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Abaixo vão informações e dicas que poderão auxiliá-lo a estudar a distância. Muitas delas se aplicam aos estudos que eventualmente você fizer neste site ou na casa espírita; o conjunto delas poderá ser útil à sua vida pessoal , acadêmica ou profissional.
Na autoinstrução a distância, o que motiva o treinando é seu interesse pessoal e profissional, ou, ainda, institucional., isto é, alguma atividade que exerça numa instituição religiosa, assistencial ou social.
Assim, cabe-lhe tomar iniciativas, agir com autonomia e assumir a responsabilidade pela condução do processo de aprendizagem, adotando uma postura ativa e o estabelecimento de uma sistemática de estudos mediante a qual deverá apropriar e dominar o conteúdo, e bem assim construir/reconstruir o conhecimento.
Na perspectiva acima, para alcançar sucesso num treinamento a distância, é necessário atentar para certas características próprias dessa modalidade de ensino.
Veja-se que um curso a distância
Desse modo, é preciso analisar e planejar
Posto isso, para obtenção de bons resultados na aprendizagem a distância, é necessário considerar estes pontos importantes.
Planejamento e organização pessoal
Tempo, local e espaço de estudo
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Depois dessa leitura, se quiser saber mais quanto aos aspectos da organização pessoal e da administração do tempo, veja informações e dicas na Seção D - Planejamento e Organização Pessoal (POP).
Participação
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Note que muitas das observações deste capítulo se aplicam não somente aos treinamentos a distância, e sim também a outros eventos de ensino-aprendizagem presenciais.
Aliás, para deixar esse ponto mais claro, devemos adicionar aqui dois outros conceitos : o de o Aprendizagem flexível e o de o Educação sem distância.
O primeiro se refere à técnica de ensino-aprendizagem em que o local da aprendizagem, o horário e o tempo de duração dos estudos são ajustados ao ritmo do treinando, podendo contemplar atividades presenciais - ministração de conteúdos e/ou atividades práticas - e a distância, mediante recursos interativos on-line.
O segundo expressa uma contraposição a educação presencial e a educação a distância. Com efeito, o avanço da tecnologia e das práticas pedagógicas faz que nessas duas últimas modalidades ocorra uma mescla de atividades presenciais e a distância. Veja-se que:
Em qualquer caso, a prática vem demonstrando a importância:
Com efeito, os primeiros funcionam não só como organizadores de encontros/grupos, repassadores de informações pedagógicas ou técnicas, ou mesmo tirando dúvidas e aplicando exercícios, mas sobretudo como motivadores e facilitadores de ensino.
Os grupos podem ser formalmente criados ou podem surgir naturalmente, por decisão dos que estejam realizando a distância um mesmo curso ou treinamento.
Mediação
Aplicação
Referências
Estudo em grupo: Visa ao alinhamento e a sinergia e não apenas a melhoria das habilidades dos membros da equipe, e suas habilidades de comunicação interpessoal, que é o objetivo do desenvolvimento de equipes.
Influentes no grupo: Pessoas que em face de sua experiência e/ou caráter, e/ou carisma, e/ou liderança, e/ou conhecimento podem ser chamadas a dar opiniões e/ou participar de reuniões consultivas ou decisivas.
Participação em Grupos de Discussão: O grupo facilita o autoconhecimento, a autoexpressão, a participação, e bem assim a democracia da palavra, da opinião, do ponto de vista, ou seja, da exposição das próprias ideias, pois nele — no grupo — ora podemos conduzir, ora podemos ser conduzidos. O bom desempenho em grupos de discussão pressupõe a autoeducação dos componentes, para que sua participação seja producente, em pontos tais como: interesse, preparação, objetividade, relacionamento interpessoal, comunicação escrita, expressão verbal, tolerância, respeito às ideias e às manifestações dos outros.
Personagens: um simples e eficiente recurso
A adoção de personagens-instrutores em materiais didáticos é bastante comum. Regra geral, eles são utilizados para orientar os estudos, reforçar conceitos, aplicar exercícios. E assim, tornam-se eficazes companheiros de estudo, pois cativam, motivam, fazem companhia ao leitor-treinando, substituindo e representando o instrutor ou comunicador presencial.
Uso de diversos personagens
Além dos recursos de ensino-aprendizagem geralmente utilizados, lições, exercícios, dicas e instruções podem ser ministrados por mais de um personagem, com variadas funções. Desse modo, eles se revezam ao longo dos módulos de ensino para mudar o ritmo da aprendizagem, estabelecer interação e orientar as lições e exercícios.
Instrutor Guima
Essa pois é a função do Instrutor Guima, que já vem atuando linhas acima, e de outros que certamente vão surgir ao longo destas páginas eletrônicas do Aprendizado Espírita.
Instrutor Guima
CAPÍTULO I - LER E ENTENDER MELHOR O QUE LER
CAPÍTULO II - ESCREVER MELHOR
CAPÍTULO III - OUTRAS DICAS PARA LER, ESTUDAR E SER CRIATIVO
1 - Para ler e escrever melhor
Instrutor Guima
Caro(a) leitor(a),
Abaixo, no Capítulo I, você encontrará dicas para ler e entender melhor o que lê, e no Capítulo II estão dicas, resumos práticos e listas de verificação que o ajudarão a melhorar a sua escrita pessoal e de divulgação doutrinária.
Bom proveito.
CAPÍTULO I - LER E ENTENDER MELHOR O QUE LER
1 - Para ler e entender melhor o que ler
No E-texto Para ler e entender melhor o que ler, da coletânea L.E.R. - LER, ESCREVER REDIGIR, do site GUIMAGUINHAS (site pessoal deste autor), estão dicas e técnicas que ajudam a melhorar a qualidade de nossas leituras, tais como: como ler um livro, níveis de leitura, leitura on-line, softwares de leitura.
1 - Escrever melhor
No site GUIMAGUINHAS (site pessoal deste autor), há a coletânea L.E.R. - LER, ESCREVER REDIGIR e a série TEXTO PRÁTICO com inúmeras informações práticas sobre português e redação, além de CRÔNICAS sobre linguística e língua portuguesa.
Nos links abaixo estão diversos textos interessantes. Confira:
CAPÍTULO III - OUTRAS DICAS PARA FALAR, ESCREVER E SER CRIATIVO
1 - Dicas Tilibra
Nos anos 1990, a Tilibra, empresa que produz e comercializa materiais escolares e produtos para escritório, lançou as DICAS TILIBRAS, uma série de livrinhos com dicas sobre estudo, leitura, criatividade, eficiência, intitulados:
Pois bem, algumas dessas dicas podem ser vistas ser vistas no site www.espirito.org.br - (aqui)
"Com o Cristianismo aparece um novo tipo histórico de educação. –– Jesus é o modelo perfeito do mestre cristão. Clemente de Alexandria chama-o de Pedagogo da Humanidade"
(J. H. PIRES. A Pedagogia de Jesus)
Sobre Jesus e sua pedagogia, diz J. Herculano Pires:
Os fundamentos pedagógicos do ensino de Jesus estão na sua concepção do mundo, abrangendo o homem e a vida. Essa cosmovisão se opõe à concepção pagã e à concepção judaica. Jesus, assim, não é apenas um reformador religioso, mas um filósofo na plena acepção da palavra. Ele modifica a visão antiga do mundo e essa modificação atinge a todas as filosofias do tempo, não obstante os pontos de concordância existentes com várias delas. Bastaria isso para nos mostrar, à luz da Ciência da Educação, a legitimidade da tese que inclui Jesus entre os grandes educadores e pedagogos, colocando-o mesmo à frente de todos. Não se trata de uma posição religiosa, mas de uma constatação científica.
(A Didática de Jesus. In Pedagogia Espírita, Edicel)
Abaixo vamos alinhar alguns livros, textos e vídeos sobre esse tema fundamental.
Jesus e estudo
Realmente Jesus começou o apostolado divino, junto à festa de Caná, exaltando os júbilos da família, contudo é importante verificar que o seu primeiro contato com a vida pública se realizou, quando ainda em criança, com os sábios do Templo de Jerusalém.
Registrando o acontecimento, diz Lucas que o menino foi encontrado “entre os doutores, ouvindo-os e interrogando-os.”
Decerto, mostrava o Senhor, desde cedo, acendrado amor pelas criaturas.
Na intimidade do lar, em Nazaré, muita vez teria conduzido ao carinho maternal esse ou aquele faminto da estrada, um ou outro animal doente... Fixava o céu noturno, convidando José da Galileia à oração ante o altar das estrelas e nesse ou naquele passeio através das montanhas, convidava os pequeninos companheiros à contemplação das flores em êxtase infantil.
Entretanto, por força dos desígnios superiores que lhe orientavam a divina missão no mundo, o Evangelho lhe destaca da meninice apenas o encontro com os professores do santuário, como a endereçar ao porvir a sua preocupação de aperfeiçoamento.
É que o Mestre Divino não veio à Terra apenas religar ossos quebrados ou reaviventar corpos doentes, mas, acima de tudo, descerrar horizontes libertadores à sublime visão da alma, banindo o cativeiro da superstição e do fanatismo.
Em meio ao coro de hosanas que fazia levantar da turba de enfermos e paralíticos, efetuava a pregação do Reino de Deus que, no fundo, era sempre aula de profunda sabedoria, despertando a mente popular para a imortalidade e para a Justiça.
Fosse no tope do monte, ao pé da multidão desorientada, ou no recinto das sinagogas onde lia os Escritos Sagrados, para ouvintes atentos, fosse na casa de Pedro, alinhando anotações da Boa Nova, ou na barca dos pescadores que convertia em cátedra luminosa na universidade da Natureza, foi sempre o Mestre, leal ao ministério do ensino, erguendo consciências e levantando corações, não somente no socorro às necessidades de superfície, mas na solução integral aos problemas da vida eterna.
Emmanuel/F. C. Xavier
Outros livros
Mencionadas no texto.
Algumas obras espíritas sobre Técnicas de Ensino e Treinamento:
Veja uma bibliografia de ensino e aprendizagem, com estes temas:
Clique (aqui)
Não podemos negar, Cristo — o administrador maior do planeta, é sábio e competente. Transmitiu-nos o ensinamento mais elevado — o Evangelho; mostrou-nos a meta a ser atingida — "vós sois deuses"; coloca-nos em constante treinamento — as encarnações; indicou-nos os instrumentos de trabalho — a mediunidade e a caridade; deu-nos as instruções complementares — a Doutrina Espírita; oferece-nos o campo de trabalho — a ignorância e a dor; e espera o nosso progresso no campo da sabedoria e do amor. Sejamos, então, bons subordinados à altura do nosso bondoso administrador, retribuindo com fé, boa vontade e dedicação.
RENÊ IVAN FRANZOLIN
O QUE É A QUALIDADE NO CENTRO ESPÍRITA
Na gestão do Movimento Espírita,destacam-se, entre outros, os seguintes importantes fatores: vigilância, combate às próprias imperfeições, aquisição de cultura geral, percepção do contexto sociocultural em que se encontra a Casa Espírita, conhecimento do perfil dos frequentadores. Analisar bem esses aspectos possibilita a criação de padrões de qualidade genuinamente espíritas e a promoção de ações simples e práticas e de efetivos resultados.
A partir dessa constatação, Cézar Braga Said, no cap. 6 (Qualidade Total no Centro Espírita) do ótimo livro Centro Espírita - Tendências e Tendenciosades, estabeleceu um paralelo com o sistema de gestão de Controle da Qualidade Total, difundido por W. E. Deming e J. M. Juran, no Japão nos anos 1950, para sugerir algumas propostas, quais sejam:
- Qual o produto oferecido pela Casa Espírita? A lógica nos diz: Doutrina Espírita. Sem nenhum prejuízo ao corpo doutrinário, que a despeito de nossas ações inadequadas permanecerá intacto, a importância que a Casa Espírita atribuir ao estudo doutrinário e aos métodos de estudo e divulgação responderá pela qualidade da instituição como um todo.
-Como entender a questão dos custos no Centro Espírita? Custos são as despesas necessárias à manutenção e desenvolvimento de uma organização. No Espiritismo, regra geral, as despesas são cobertas por colaborações espontâneas de frequentadores e associados. As sobras (ou lucros) são reinvestidas nas atividades da casa e novos mecanismos de busca de receitas devem se pautar por criatividade e ética. A forma como apresentamos a doutrina e a divulgamos, quer dentro ou fora das instituições, tem grande efeito na atração e satisfação da "clientela" espírita. Recursos técnicos e tecnológicos são contributos importantes, quando adequados aos objetivos doutrinários. Mas de nada adianta melhorar recursos e acessórios materiais se descuidarmos do envolvimento fraternal.
- E a motivação, como interpretá-la nos moldes espíritas? No Centro Espírita, a motivação para o trabalho reside no formidável salário que recebemos em forma de paz da consciência, satisfação de estar servindo aos irmãos em humanidade e alegria de transformar o assistido em prestador de assistência.
- Como entender o indicador "segurança"? Kardec estabeleceu como indicador de qualidade no Centro Espírita que haja entre os envolvidos a recíproca benevolência e bom proceder, cumprindo-lhes, em todas as circunstâncias, colocar o bem geral acima das questões pessoais e d amor próprio (Livro dos Médiuns, n. 436). A Qualidade Total ou quaisquer outras propostas de melhoramento de gestão nas Casas Espíritas somente lograrão êxito se, antes, durante e depois das preocupações de ordem administrativa, cuidarmos da necessidade de nos amarmos. É somente o mais elevado dos sentimentos que humaniza as relações dando a elas a qualidade da sinceridade, do bem querer, fazendo com que a Causa se sobreponha àCasa, vedando o surgimento dos "donos do Centro Espírita."
PERSONAGENS DO MOVIMENTO ESPÍRITA
Fonte: Plano de Trabalho para o Movimento Espírita Brasileiro (2013-2018)
O quadro acima nos mostra que a sociedade, o público espírita e o trabalhador espírita são as principais personagens do Movimento Espirita. Do ponto de vista da Moderna Administração tais personagens costumam ser tratados como clientes do Movimento Espírita, e se é importante que a Administração tenha foco no cliente externo (sociedade e público), não deve ela também descurar-se do cliente interno (trabalhadores da casa).
Confiram o texto abaixo, retirado do artigo O moderno conceito de cliente (aqui)
Não há muito, falava-se que as empresas deviam buscar qualidade em todos os seus processos e orientar-se para o cliente, pois disso dependia a renovação e o crescimento dos seus negócios. Algum tempo depois, a qualidade em todos os processos tornou-se padrão mínimo exigível para a sobrevivência das organizações, as de caráter público, social e religioso, inclusive.
Esse foco na qualidade e no cliente trouxe para o vocabulário corporativo inúmeros termos – como também novas acepções para velhos termos, como é o caso de cliente.
E a palavra cliente ampliou o seu sentido dicionarizado. Vejamos seu sentido moderno:
Cliente - Toda pessoa ou organização que é afetada pelo processo, ou seja, que adquire ou utiliza um produto ou serviço. Um dos métodos básicos para identificação de clientes consiste em seguir o produto para verificar para quem é afetado por ele. Qualquer pessoa ou organização pode ser um cliente.
Cliente Externo - Cliente que não pertence à organização que fabrica o produto ou presta o serviço. Pessoa ou organização que recebe ou compra e utiliza um produto ou serviço e que não faz parte da equipe daquela organização.
Cliente Interno - Pessoa ou unidade de trabalho (setor, departamento, etc.) que recebe o produto ou serviço do fornecedor, dentro da própria organização.
Glossário de Qualidade Total. Alberto Amarante Macedo e Francisco Liberato Póvoa Filho – Fundação Cristiano Ottoni, 1994.